quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Você sabia que o Brasil é um país pecuário?

Alta produtividade e tecnologia de primeira linha fortalecem o setor ano após ano


Pecuária brasileira está presente em 100% dos municípios
Pecuária brasileira está presente em 100% dos municípios | Foto: Divulgação/Governo de Roraima

O vídeo a seguir foi produzido há oito anos. Os números descritos nas imagens mudaram consideravelmente — para melhor. No entanto, a mensagem permanece a mesma: o Brasil é um país pecuário, com alta produtividade e tecnologia de primeira linha.

Números da pecuária brasileira em 2020 (dados mais recentes)

Bovinos (cabeças) — 218 milhões

Bubalinos (cabeças) — 1,5 milhão

Equinos (cabeças) — 6 milhões

Suínos (cabeças) — 41 milhões

Matrizes de suínos (cabeças) — 5 milhões

Caprinos (cabeças) — 12 milhões

Ovinos (cabeças) — 20,5 milhões

Galináceos (cabeças) — 1,5 bilhão

Galinhas (cabeças) — 250 milhões

Codornas (cabeças) — 16,5 milhões

Leite (mil litros) — 35,5 milhões

Ovos de galinha (mil dúzias) — 5 milhões

Ovos de codorna (mil dúzias) — 295 mil

Mel de abelha (quilogramas) — 51,5 milhões

Casulos do bicho-da-seda (quilogramas) — 3 milhões

Lã (quilogramas) — 8 milhões

Camarão (quilogramas) — 63 milhões

Ostras, vieiras e mexilhões (quilogramas) — 14 milhões

Peixes (total) — 550 milhões

Alevinos (milheiros) — 1,5 milhão

Larvas e pós-larvas de camarão (milheiros) — 12,5 milhões

Sementes de moluscos (milheiros) — 26,5 mil

O leitor pode conferir todos os dados no site do governo federal.

A verdade sobre a terra

Em reportagem publicada na Edição 92 da Revista Oeste, Branca Nunes escreve sobre o movimento De Olho No Material Escolar, que luta para neutralizar as fantasias sobre o agronegócio difundidas pelos livros didáticos.

Leia um trecho

“’Eu sou um indígena. Me chamo Beto. Eu moro na Região Centro-Oeste. Minha casa foi destruída para plantar cana-de-açúcar. Eu e meu amigo não conseguimos trabalho. Nós saímos nas ruas para pedir que não comprem a cana-de-açúcar do lugar que era a nossa casa. Não adianta muito. Ninguém nos ouve e vivemos na pobreza total. Meus pais se mataram por causa das dificuldades de vida. Vivo sozinho desde que tinha 14 anos.’

Foi essa carta, escrita por uma criança de 10 anos que fazia a lição de casa, o gatilho para a criação do De Olho no Material Escolar. O movimento começou quando Letícia Zamperlini contou o que sua filha fora obrigada a escrever para Helen, que contou a Andréia, que repassou para Heloísa, que relatou a Elizana. Hoje, são mais de 4 mil simpatizantes e centenas de associados espalhados por dez Estados brasileiros.

Depois de ler a carta, Letícia — produtora rural como Andréia, Heloísa e Elizana — explicou à filha que grande parte daquela dissertação estava distante da verdade. Ela conversou com diretores, professores e pais até constatar que, muito mais do que resultado da má-fé, aquilo decorria do desconhecimento generalizado. E era potencializado sobretudo pelos livros didáticos.”

Edilson Salgueiro, Revista Oeste