quinta-feira, 27 de junho de 2019

O ‘partido da Lava Jato’ é maior que o Lulismo?



Um candidato outsider, com menos de dez segundos tempo de televisão e que sempre foi considerado um parlamentar de baixo clero, em condições normais, teria chances mínimas de se eleger presidente. 

Foi essa reviravolta que fez com que o economista Maurício Moura e o cientista político Juliano Coberllini analisassem o contexto que levou Jair Bolsonaro à presidência da República, no livro “A eleição disruptiva, por que Bolsonaro venceu”. 

Para os autores, uma série de fatores contribuíram para a mudança no padrão da competição eleitoral, como o sucessivo desgaste dos partidos tradicionais, como, por exemplo, o Partido dos Trabalhadores (PT). 

Os apoiadores de Sergio Moro passaram a defender um novo partido, o da Lava Jato, que, para os especialistas, acabou se mostrando uma “enorme onda social”, maior, até mesmo, que o Lulismo.  

No período de pré-campanha, uma pesquisa do IDEIA Big Data, traduziu o que a maioria dos eleitores de Bolsonaro ou do “partido da Lava Jato” defendiam. Para 72% dos entrevistados, o que mais envergonhava o Brasil era a corrupção e os políticos mentirosos. 

A principal preocupação de 45,2% era com segurança pública. Já 57% responderam que nunca votariam em um candidato do PT e 75,4% declararam já ter recebido informações políticas pelo aplicativo Whatsapp.  

A mudança na dinâmica eleitoral de 2018 pode modificar a forma como as campanhas para os próximos anos serão feitas, com uma atenção maior às redes sociais. Mesmo assim, cada eleição é única. 

Coberllini ressalta que “o modelo do ano passado corresponde a uma conjuntura muito excepcional e radicalizada”.

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