quarta-feira, 26 de junho de 2019

Extremo cinismo de 'Gilmal', por José Nêumanne


Decano Celso e colega Marco Aurélio, pares no sobrenome
Mello e na oposição sem trégua ao começo de cumprimento
de pena após segunda instância. 
Foto: Dida Sampaio/Estadão

Cinismo do ministro do STF Gilmal Mendes chegou ao extremo na sessão de julgamento da Segunda Turma do recurso da defesa de Lula arguindo parcialidade do ex-juiz Moro na condenação de seu cliente no caso do tríplex do Guarujá, ao referir-se a um possível desvio ético deste, conforme revelações de eventuais mensagens não comprovadas pelo Intercept, e servir de arauto das teses de defesa do petista. 
Ao forçar uma chicana proposta pelo advogado Zanin, apelando para a idade e os mais de 400 dias de pena cumpridos pelo ex, o ex-advogado geral da União de FHC, permitiu a seu colega de defesa do fim da jurisprudência do início de cumprimento de pena pós-segunda instância, decano Mello, encontrar um meio de não se responsabilizar pela possível convulsão social com a libertação do preso mais famoso do País.

O Estado de São Paulo