sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Moscou enviou mercenários russos para proteger o celerado Maduro. Por que Putin não se preocupa com o povo venezuelano e sim com o comparsa do Lula?

MOSCOU
Mercenários de empresas privadas de segurança que prestam serviço para o governo russo foram enviados por Moscou a Caracas para ajudar a proteger o ditador Nicolás Maduro, alvo de protestos nas ruas convocados pela oposição. 
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (25) pela agência de notícias Reuters, que cita fontes próximas às empresas contratadas. Apenas uma das pessoas, porém, foi identificada na reportagem. 
Rússia apoia o governo de Maduro e já investiu bilhões de dólares no país.
O presidente Vladimir Putin ligou na quinta (24) para o ditador para reiterar essa posição e afirmar que Moscou não reconhece o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que na quarta (23) se autodeclarou presidente interino
Além da Rússia, Caracas também tem o suporte da China, enquanto a oposição é apoiada pelos governos dos EUAdo Brasil e por outros países da América Latina, além da União Europeia —esta de modo menos enfático. 
Ievgueni Chabaiev, líder de um grupo paramilitar cossaco ligado às empresas de mercenários, disse que ouviu que o número de mercenários russos na Venezuela pode chegar a 400, mas fontes anônimas disseram à Reuters que o contigente é menor menor.
Ele disse ainda que o grupo teria viajado da Rússia para Havana em aviões fretados e de lá pegado voos comerciais para a Venezuela, onde chegaram no início da semana, alguns dias antes dos protestos de quarta contra Maduro
A tarefa dos mercenários contratados na Venezuela é proteger Maduro de qualquer tentativa de simpatizantes da oposição em suas próprias fileiras de ataca-lo, disse Chabaiev. "Nosso pessoal está lá diretamente para sua proteção", afirmou.
Outras pessoas, que não foram identificadas, também confirmaram que a principal missão do grupo é proteger o ditador. 
Segundo a Reuters, registros de voos mostram que desde o final de 2018 diversas aeronaves ligadas ao governo e à Força Aérea russa fizeram voos para Havana e Caracas.  
Procurados pela agência, os governos da Venezuela e de Cuba se recusaram a responder e russo disse que não tinha informação sobre o assunto.  
Os mercenários em questão são ligados ao Grupo Wagner, uma mistura de entidade paramilitar com empresa privada formada principalmente por ex-soldados russos. 
Forças do grupo teriam participado clandestinamente e por ordem de Moscou das guerras na Síria e na Ucrânia —Putin apoia tanto o ditador Bashar al-Assad em damasco e as forças rebeldese que lutam contra Kiev. 
REUTER

Com Maria Tsvetkova e Anton Zverev, Folha de São Paulo