O Ibovespa segue com fôlego nesta quinta-feira, 24, e, de manhã, renovou máximas e bateu os 97 mil pontos, refletindo especialmente a confiança do investidor no ministro da Economia, Paulo Guedes, que participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Dólar e juros sobem, num dia de ajustes após o recuo da quarta-feira e com a moeda americana volátil no exterior.
Às 11h20, o índice da Bolsa de São Paulo avançava 0,61%, aos 97.144,80 pontos. O dólar à vista no balcão subia 0,48%, a R$ 3,7803. O DI para janeiro de 2020, o mais negociado, exibia 6,47%, de 6,44% no ajuste de quarta.
Em Davos, Guedes disse que por uma questão técnica, a mudança nas regras da aposentadoria dos militares terá de ser feita por meio de um outro instrumento, que não uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), mas será simultânea às mudanças gerais da reforma da Previdência, que o governo pretende entregar logo no início do ano Legislativo.
"A PEC é para quem está previsto que está na Constituição. Os militares têm que ser (por um instrumento) ordinário", explicou a jornalistas após sair de um evento do Fórum. Perguntado sobre se, nos dois casos, as propostas seriam enviadas de forma conjunta, o ministro respondeu: "Se não for simultâneo, fica estranho".
Juros na zona do euro
No exterior, no fim da manhã desta quinta, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou a manutenção das principais taxas de juros, como era amplamente esperado por analistas e por isso o mercado não esboçou reação.
O BCE deixou sua taxa básica de juros - a de refinanciamento - em 0% e a de depósitos em -0,40%. A autoridade monetária da zona do euro reafirmou o plano de manter os juros nos baixos níveis atuais "até pelo menos o fim do verão de 2019" para garantir que a inflação convirja para sua meta, que é de uma taxa ligeiramente inferior a 2%, no médio prazo.
Às 11h20, o euro recuava a US$ 1,1341, de US$ 1,1385 no fim da tarde de quarta-feira. O Dow Jones futuro subia 0,12% e o S&P500 futuro tinha alta de 0,18%.
Luciana Antonello Xavier, O Estado de S.Paulo