Os ingressos para assistir à queima de fogos do Réveillon londrino se esgotaram rapidamente. Mas não é que um brasileiro tentou dar o seu 'jeitinho' e vender alguns bilhetes - nominais e, portanto, intransferíveis - através do seu Facebook? Segundo o tabloide inglês Daily Mail, o estudante Felipe Trindade, de 22 anos, anunciou as entradas para assistir aos fogos sobre o rio Tâmisa por 150 libras num convite que custa originalmente 10. Segundo o estudante, ele os conseguiu com seus contatos na embaixada britânica em São Paulo. O jovem, que chegou a participar da organização de duas festas do príncipe Harry, ainda disse que os compradores seriam convidados do prefeito Boris Johnson. "Estamos vendendo para fazer algum dinheiro. Quero saber o quanto vocês estão dispostos a pagar. O prefeito cedeu alguns ingressos para embaixadas e, como trabalhei para o consulado britânico em São Paulo, fizemos alguns arranjos e eles nos deram bilhetes", disse Trindade.
A queima de fogos de Londres tornou-se imensamente popular, atraindo uma multidão de meio milhão de pessoas no ano passado e, por isso, foram criados tais ingressos somente por precaução com a segurança pública, mas os críticos chegaram a advertir sobre alguma fraude do gênero.
Para combater a venda ilegal, Johnson ordenou que todos os ingressos deveriam ter o nome do comprador impresso, o que seria verificado através da identidade do titular antes de entrarem nos espaços autorizados.
Trindade oferecia os ingressos através do Facebook com a seguinte legenda: "A melhor coisa do meu ingresso é que eles não têm nome por causa dos convites do prefeito. É um ingresso especial porque eu trabalho na embaixada do Reino Unido no Brasil ". O brasileiro teve um encontro com Harry em São Paulo em março de 2012, quando ele veio ao país para um evento beneficente e, no ano passado, quando participou de um evento durante a Copa do Mundo em comemoração ao aniversário da Rainha Elizabeth. Trindade, inclusive, alegou que obteve os bilhetes através das conexões com a embaixada britânica em Brasília. Mas logo depois desconversou dizendo que os estava vendendo para um amigo que os ganhou numa competição de rádio. Ele ainda garantiu que os compradores poderiam imprimir seus nomes. Na noite do Réveillon, ele veio com outra conversa, dizendo que simplesmente tinha dado os convites. É o tal jeitinho brasileiro marcando sua entrada ao novo ano.