sexta-feira, 14 de abril de 2017

O Congresso subjugado


Thiago Bronzatto - Veja


A bancada da Odebrecht era a mais poderosa do Congresso Nacional: o presidente do Senado, o presidente da Câmara, 29 senadores e 39 deputados no bolso



“Em geral, você não tem uma relação sustentável naquele toma lá dá cá.
Se você chegasse para o deputado ‘Pô, me apoia aqui’. 
Toda hora que você pede um apoio o cara diz ‘Eu quero tanto’. Não é uma relação sustentável. 
Em geral, aquelas relações mais duradouras são as relações que ficam: o cara sempre te ajuda e você está sempre ajudando ele.” 
Foi assim, nas palavras de Marcelo Odebrecht, que, durante décadas, maior empreiteira do país foi consolidando influência e poder dentro do Congresso Nacional, em nível só comparável ao de grandes partidos. 
O método era simples e eficientes: o da cooptação financeira.
Parlamentares precisavam de dinheiro pra suas campanhas, e, em muitos casos, também para outras despesas. 
A Odebrecht financiava os gastos, quase sempre por vias ilegais. 
Por quê? É a regra elementar das organizações mafiosas: ao entregar dinheiro sujo aos deputados e senadores, a empresa conquistava mais que parceiros. 
Ganhava cúmplices.
Íntegra na Veja