sexta-feira, 28 de abril de 2017

Organização criminosa comandada por Lula promove depredação e violência


Manifestantes fazem protesto no centro de São Paulo contra as reformas do governo - Edilson Dantas / Agência O Globo

Com O Globo e G1


Pneus queimados, veículos destruídos e protestos complicam trânsito em várias cidades


A greve geral convocada para esta sexta-feira por sindicatos atinge todos os estados brasileiros e o Distrito Federal. Manifestações foram planejadas e começaram a ocupar espaços públicos já na madrugada contra as reformas trabalhista e da Previdência, em processo de avaliação no Congresso Nacional. Em algumas cidades, houve registro de violência, depredação e repressão policial em protestos, como em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Os sistemas de transporte público em várias cidades não funcionaram ou apenas de forma parcial, assim como escolas e serviços de saúde. Rodovias e diversas vias urbanas foram bloqueadas por grupos de manifestantes de diferentes categorias em várias cidades do país, com barricadas de pneus queimados impedindo a circulação de veículos.

No Rio de Janeiro, a greve não paralisa serviços como metrô, trens e aeroportos do Rio. Nos ônibus, a adesão é parcial, com problemas de funcionamento e depredação do BRT, mas protestos organizados por manifestantes prejudicam o trânsito em diferentes pontos da Região Metropolitana, desde a madrugada desta sexta-feira. A manifestação no aeroporto Santos Dumont teve momentos de tensão na área do check-in no saguão, com protestos dificultando a chegada de passageiros. Manifestantes e passageiros se agrediram e policiais militares no terminal usaram spray de pimenta e balas de borracha para controlar a situação. Ao menos três pessoas ficaram feridas.

Policial Militar atira para desocupar entrada das barcas na Praça Araribóia, em Niterói - Gabriel de Paiva / Agência O Globo

Em Niterói, mais de 200 manifestantes de vários sindicatos e movimentos dos trabalhadores fizaram desde início da manhã um cordão humano impedindo o embarque de passageiros na estação das barcas da Praça Arariboia. Por volta das 10h20m, houve confronto entre os manifestantes e a polícia, que usou bombas de gás lacrimogêneo. Após o tumulto, o acesso à estação foi liberado. A Ponte Rio-Niterói sofreu bloqueios desde cedo durante a manhã.


Ponte Rio Niterói parada nos dois sentidos - Gabriel de Paiva / Agência O Globo

Prisões, lojas fechadas, ausência de ônibus e acesso ao metrô interditado resumem o cenário do Centro de São Paulo na manhã dessa sexta-feira, também marcada por manifestações de pequenos grupos contra as reformas do governo federal e alguns focos de tumulto, todos concentrados na região próxima à Praça de República. A Polícia Militar de São Paulo deteve 16 pessoas durante as manifestações favoráveis à greve geral nesta manhã. Seis dos detidos foram encaminhados ao 65º DP, em Artur Alvim, quatro ao 33º DP, em Pirituba, e outros seis foram levados para o 92º DP, no Parque Santo Antônio. Em diferentes ruas da capital paulista foram registrados bloqueios causados por manifestantes.
A adesão de 85% dos metalúrgicos à greve geral, no ABC paulista, paralisou o trabalho nas cinco principais montadoras de veículos da região nesta sexta-feira. Cerca de 60 mil pessoas não foram trabalhar, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Em Brasília (DF), o policiamento foi reforçado na Esplanda dos Ministérios, que já está ocupada por manifestantes. Segundo a organização dos protestos, há cerca de 800 pessoas, enquanto a PM estima 200. Os policiais revistam os manifestantes. Foram registrados oito pontos de protestos com queima de pneus e obstrução de vias no Distrito Federal. O transporte público não funcionou devido à adesão de metroviários e rodoviários à paralisação. No aeroporto internacional JK, atrasos foram normalizados às 9h, segundo a Inframérica, concessionária responsável pelo terminal. Houve 92 pousos e decolagens e 4 voos cancelados. Cerca de 300 manifestantes protestaram no saguão, mas deixaram o local por volta de 8h30, sem incidentes. Segundo o portal G1, na rodoviária do Plano Piloto, o transporte irregular ocupou o lugar das linhas regulares.

Em Belo Horizonte (MG), as linhas de ônibus circulavam parcialmente. As estações de ônibus São Gabriel, Diamante e Venda Nova estão fechadas, de acordo com o G1, enquanto os terminais José Cândido da Silveira e os pontos de transferência nos corredores e nas avenidas Santos Dumont e Paraná funcionam normalmente. Os aeroportos de Confins e da Pampulha também operam sem problemas.

Há vias bloqueadas por protestos na capital mineira, como o Anel Rodoviário, na Região da Pampulha. A MG-010, em Vespasiano, na Grande BH, está com o tráfego intermitente. Uma manifestação fechou a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As escolas municipais e estaduais estão fechadas e as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e os hospitais da Rede Fhemig e o Municipal Odilon Behrens funcionam em escala mínima.

Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, os ônibus não circularam, e as linhas de trem que ligam a capital à Região Metropolitana foram suspensas. Há rodovias bloqueadas em diversas regiões do estado, com queimas de pneu, como a BR-290, entre os km 97 e 99; pontos da BR-386; BR-116 e ERS-122, na Serra; BR-392, no Sul; BR-287, em Santa Maria, segundo o G1. O Aeroporto Salgado Filho funciona normalmente.

Já as cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Maringá e Londrina ficaram sem transporte público no Paraná , afetando milhões de cidadãos. Os trabalhadores do serviço de coleta de lixo na capital aderiram à greve. Há atos de protesto sendo realizados em várias rodovias, que complicam o fluxo de veículos, como na na BR-277, que é uma das portas de entrada da cidade, e na Avenida das Torres, via que faz a ligação com o Aeroporto de São José dos Pinhais, na região metropolitana. Bancos também não abriram.

Salvador, na Bahia, amanheceu sem ônibus e trens, com funcionários em protesto na frente das empresas. O metrô funcionava normalmente. Segundo as companhias aéreas, nenhum voo está atrasado no aeroporto da capital baiana. Manifestantes fecharam o trânsito da Avenida ACM por volta de 6h30. Cerca de 1 mil pessoas estavam no protesto, segundo a organização. Outras vias, como a Estrada do Coco e o Trevo da Resistência (BA-522) também foram interditadas devido a manifestações.

Em Fortaleza, a circulação parcial de ônibus deixou os pontos cheios com passageiros à espera do transporte. O metrô operava sem problemas. Há lojas do centro da cidade que estão fechadas. Vias importantes foram bloqueadas na cidade, como as avenidas Domingos Olímpio, 13 de Maio, Duque de Caxias; da Universidade (Fortaleza); Km 153 da BR-116 (cidade de Russas), segundo o G1. Dois voos foram cancelados no aeroporto.
No Recife, Pernambuco, 2 milhões de pessoas ficaram sem ônibus, que não deixaram as garagens nesta manhã. O metrô funcionou com esquema especial até 9h e desde então as estações ficarão fechadas até as 16h. O G1 informou que houve protesto nas vias de acesso do aeroporto Internacional de Recife pela manhã, mas as ruas foram liberadas. Não houve atrasos nem cancelamentos. As escolas públicas estão fechadas e a Polícia Civil disse que as delegacias de plantão funcionam normalmente.

Duas empresas de ônibus pararam completamente em Manaus, no Amazonas, e as outras deixaram 30% dos veículos nas garagens. O Sindicato da categoria interditou o trânsito na rotatório Armando Mendes na madrugada. Segundo o G1, a Polícia Civil também aderiu à greve e prometeu suspender os serviços em 70% das delegacias da cidade.