Cada delação premiada na Lava-Jato gera novos inquéritos contra parlamentares. A previsão é de que esse número chegue a 100. Hoje são 45 — 35 no mandato: 22 deputados e 13 senadores. O PGR denunciou ao Supremo, no qual o relator do caso é o ministro Teori Zavascki (foto), dois: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o senador Collor. Especialistas dizem que isso intimida o Congresso. Foi o que ocorreu na CPI dos Anões (1993), que flagrou 37 deputados e um desvio de R$ 100 milhões.
Não fica um, meu irmão
A lista de inquéritos no STF inclui ainda dez ex-deputados e um ex-vice-governador. Sem contar os do STJ: dois governadores e um ex-governador. Na berlinda também estão um conselheiro de TCE, um governador (da época), um tesoureiro e um lobista.
Vale a pena ver de novo
A novela do sai não sai do PMDB do governo Dilma continua rendendo. Foi assim também na época do ex-presidente FH, quando a dissidência era maior do que agora. Um partido muda de orientação de acordo com as circunstâncias. Mas hoje, a maioria da legenda é favorável a integrar o governo Dilma. Essa é a posição de cinco de seus sete governadores, incluindo o do estado onde ele é mais forte, o Rio. Apenas quatro diretórios estaduais (BA, RS, MS e PE) defendem o rompimento com o governo. Na Executiva, somente um (Geddel Vieira Lima) de seus nove integrantes; e, dois (Waldemir Moka e Raul Henry) de seus 13 suplentes pregam a saída da legenda da base governista.
“A CPI da Petrobras é diferente das outras. Não traz dados novos. Ela dá ressonância a fatos já conhecidos. Ela fica ecoando”
Luiz Sérgio, relator da CPI da Petrobras e deputado (PT-RJ)
Socorro
O tucano José Serra está distribuindo gráfico para os demais senadores sobre a queda das receitas líquidas dos estados. O Rio foi o que mais perdeu: -12%. Ele compara o primeiro semestre deste ano com o do ano passado. O índice de Minas foi de -10,1%; e o de São Paulo, -4,8%. Esses números justificam o uso de depósitos judiciais para dar fôlego aos estados.
Rasgando o regimento?
A bancada feminina terá que recorrer a uma segunda votação para aprovar a cota para mulheres nas eleições. O Senado aprovou a cota rejeitada na Câmara. O drible permitiu aprovar a doação de empresas e a redução da maioridade.
A reforma e o PMDB
O vice Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros, têm o controle da reforma. São fiéis aliados de Temer: Edinho Araújo (Portos), Eliseu Padilha (Aviação) e Henrique Alves (Turismo). Renan, defensor da redução de pastas, não tem ministro. Katia Abreu (Agricultura) e Eduardo Braga (Energia) são da presidente Dilma.
Estimulante a longo prazo
Integrantes do governo apostam na ferrovia Bioceânica, que liga o Brasil ao Peru, para alavancar investimentos. Os chineses encerram os estudos de viabilidade econômica em maio de 2016. O investimento inicial é de R$ 40 bilhões.
Exclusividade
Ciumeira na bancada evangélica. O deputado Marco Feliciano (PSC) andou se queixando do protagonismo de André Moura (PSC). A ele, foi dada a presidência da comissão sobre maioridade penal e a relatoria do pacto federativo.
Os políticos sempre cometem os mesmos erros. O vice Michel Temer não foi ouvido sobre o ajuste, as desonerações, a reforma, e a volta da CPMF.