O governo federal não abandonou inteiramente a ideia de ressuscitar a extinta CPMF. E deve ficar com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) a tentativa de fazer a costura política que o Planalto não conseguiu no ato desastrado da semana passada. Diante da repercussão negativa da notícia de que o imposto do cheque seria retomado, a presidente Dilma Rousseff recuou e o governo decidiu enviar ao Congresso, nesta segunda-feira, uma proposta de Orçamento para 2016 com previsão de déficit primário. Mas o Planalto pretende negociar com os parlamentares. A ideia é que ou os parlamentares autorizam o aumento de receitas, com desonerações e até, mais adiante, com a volta da CPMF, ou o Executivo será obrigado a propor medidas mais duras, como a reforma da Previdência.