sábado, 4 de julho de 2015

Deu no 'JN': Novos documentos indicam pagamento de propina a Lobão, integrante da gangue Lula-Dilma-Sarney

TV Globo


Empresário Ricardo Pessoa disse que pagou R$ 1 milhão para o ex-ministro de Minas e Energia






Novos documentos apresentados pelo empreiteiro Ricardo Pessoa indicam, segundo ele, o pagamento de propina ao ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão. Os documentos fazem parte da delação premiada do empreiteiro dono da UTC na Operação Lava Jato.
A usina nuclear de Angra 3 está prevista para começar a funcionar em 2018. O custo total da obra é de mais de R$ 15 bilhões. A UTC, empresa de Ricardo Pessoa, faz parte do consórcio responsável pela obra.

O empresário disse que procurou o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, do PMDB, para que houvesse ingerência política em favor dos interesses do consórcio de Angra 3. E também para que a UTC superasse dificuldades ou, ao menos, conseguisse ter algum controle. Em troca, Ricardo Pessoa disse que pagou R$ 1 milhão para Lobão em duas ou três parcelas.
As negociações, segundo Pessoa, aconteceram em duas reuniões oficiais entre maio e julho do ano passado, quando Lobão teria indicado o nome de André Serwi para receber os pagamentos em seu nome. 

Ricardo Pessoa disse para os investigadores da Lava Jato que Lobão e a família de André Serwi tinham uma relação de muita proximidade. De acordo com Pessoa, Serwi chamava Lobão de "meu tio". O pai dele e o ex-ministro, ainda segundo Pessoa, foram sócios na década de 1970.

O Jornal Nacional foi até os endereços de André Serwi e de parentes em Brasília. Em dois locais diferentes, a informação foi de que André se mudou. O JN também tentou falar com André Serwi no telefone indicado por Pessoa, mas ninguém atendeu às ligações.
O advogado do senador Edison Lobão disse que o ex-ministro jamais autorizou qualquer pessoa a falar em nome dele. Disse ainda que Ricardo Pessoa não apresentou provas e que Lobão irá esclarecer os fatos assim que tiver acesso aos depoimentos.