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Fachada da Casa Branca, em Washington; crescimento da economia americana fica aquém do esperado
Folha de São Paulo
O principal índice da Bolsa brasileira subiu logo após o início das negociações nesta quinta-feira (30), puxado por ganhos na Europa e balanços de empresas, mas inverteu a tendência depois que os mercados em Nova York abriram com leves perdas, refletindo o crescimento aquém do esperado da economia americana no segundo trimestre.
Às 13h50 (de Brasília), o Ibovespa cedia 1,02%, para 49.731 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 3 bilhões. No mesmo horário, os principais índices americanos operavam perto da estabilidade.
A prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre dos Estados Unidos mostrou crescimento do país de 2,3% em base anualizada, ante expectativa de 2,7%.
Também pressiona a BM&FBovespa o nível de calote dos brasileiros divulgado pelo Banco Central pela manhã que, apesar de ter registrado ligeiro recuo no mês passado, continua em nível elevado. O dado colabora para a queda das ações de bancos. Este é o segmento com maior peso dentro do Ibovespa.
A inadimplência média das operações de crédito no sistema financeiro apresentou queda de 0,1 ponto percentual em junho, para 2,9% do total. O número faz com que os balanços financeiros de Bradesco e Santander fiquem em segundo plano.
A ação preferencial do Bradesco, sem direito a voto, recuava 2,31% às 13h50, para R$ 26,96. O banco teve lucro líquido contábil de R$ 4,473 bilhões no segundo trimestre do ano, aumento de 18,4% em relação ao mesmo período de 2014, quando lucrou R$ 3,778 bilhões.
Já o Santander mostrava recuo de 2,73%, para R$ 15,66. O banco registrou retração no volume de operações de crédito no segundo trimestre deste ano, resultante da recessão na economia e do impacto da variação no câmbio nos empréstimos para grandes empresas.
Também no vermelho, a Embraer perdia 6,81%, a R$ 22,18. A empresa lucrou R$ 339,6 milhões no segundo trimestre do ano, um aumento de 24,9% sobre igual trimestre de 2014, mas a receita e o Ebitda (relação percentual entre geração operacional de caixa e receita líquida) ficaram abaixo do esperado pelo mercado.
Do outro lado, ações de energia elétrica se recuperavam do tombo da véspera. A Cesp subia 5,10%, seguida por Cemig (2,90%), Energias do Brasil (2,99%), CPFL (3,71%) e a ação preferencial da Eletrobras (2,94%). Energias do Brasil divulgou na noite passada lucro líquido de R$ 744 milhões no segundo trimestre, um aumento de mais de quatro vezes sobre igual período de 2014.
Após terem começado o dia em alta, refletindo o balanço do segundo trimestre, as ações preferenciais da Vale passaram a cair. Às 13h50, a queda das preferenciais era de 2,97%, para R$ 14,66.
A mineradora registrou lucro líquido de R$ 5,14 bilhões no segundo trimestre de 2015, forte avanço de 61,4% na comparação anual. A receita líquida nos meses de abril, maio e junho somou R$ 21,44 bilhões, recuo de 3% na mesma base de comparação. Os custos, por outro lado, subiram 17,7%, passando para R$ 15,97 bilhões.
O Credit Suisse considerou o resultado da Vale bastante forte, destacando redução de custo e preço realizado acima do mercado. O Citi comentou que o Ebitda ajustado, de US$ 2,2 bilhões, ficou acima dos US$ 2 bilhões projetados pela casa e pelo consenso do mercado.
A performance superior veio dos preços realizados do minério de ferro, que melhoraram fortemente. "A administração está entregando suas promessas", disse o Citi em nota.
CÂMBIO
No mercado cambial, o dólar operava em alta em relação ao real, devolvendo parte da baixa registrada na véspera. Segundo operadores, o avanço também reflete a expectativa por aumento de juros nos Estados Unidos ainda em 2015 e pela preocupação com a desaceleração da economia da China.
Às 13h50, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,94% sobre o real, cotado em R$ 3,368 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançava 1,17%, para R$ 3,369.
Nesta sessão, o BC deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em agosto –operação para estender o prazo dos contratos. A oferta de 6.000 papéis foi totalmente vendida por US$ 292,8 milhões. Nos primeiros leilões deste mês, haviam sido ofertados até 7.100 swaps.
Com agências de notícias
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