quarta-feira, 1 de abril de 2015

Produção industrial acumula perdas de 7,1% no primeiro bimestre de 2015

Veja

Na comparação com janeiro, atividade caiu 0,9% em fevereiro. Já em relação 

ao mesmo mês de 2014, o recuo foi de 9,1%




Fábrica da Renault em São José dos Pinhais, Paraná
A produção do setor recuou 9,1% em fevereiro ante o mesmo mês de 2014(Rodolfo Buhrer/Reuters/VEJA)

A indústria já começou o ano com perdas significativas em sua produção. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira, a produção industrial recuou 7,1% no primeiro bimestre na comparação com o mesmo período de 2014. Na comparação de fevereiro com janeiro, a queda foi de 0,9% - no primeiro mês do ano a atividade havia avançado 0,3%, na série já com ajustes sazonais.
Ainda de acordo com o IBGE, a produção do setor recuou 9,1% em fevereiro ante o mesmo mês do ano passado. Esta é a 12ª taxa negativa consecutiva e a mais intensa nessa comparação desde julho de 2009.
A expectativa de analistas ouvidos pela agência Reuters era de que a produção tivesse recuo de 1,6% em fevereiro sobre o mês anterior e 10,25% na base anual.

No primeiro bimestre do ano, quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 63 dos 79 grupos e 69,2% dos 805 produtos pesquisados apontaram recuo na produção. De acordo com o instituto, o principal impacto negativo entre os setores foi o de veículos automotores, reboques e carrocerias, cujo recuo foi de 24,7%. Cerca de 90% dos produtos que compõem a atividade tiveram redução de produção no período.
Também tiveram um peso negativo significativo os setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (queda de 29,4%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,5%), de máquinas e equipamentos (10%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (19,2%), de produtos de metal (11,5%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (17,1%), de produtos alimentícios (2,9%), de produtos de minerais não-metálicos (7,2%) e de metalurgia (4,7%).
"Por outro lado, entre as duas atividades que ampliaram a produção, a principal influência foi observada em indústrias extrativas (10,9%), impulsionada, em grande parte, pelo crescimento na extração de minérios de ferro pelotizados e de óleos brutos de petróleo", comenta o IBGE.