quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Robert F. Kennedy Jr. é confirmado como secretário de Saúde de Trump

 O político defende mudanças na indústria farmacêutica e na alimentação dos norte-americanos


Robert F. Kennedy Jr., o novo secretário de saúde dos Estados Unidos | Foto: Reprodução/Redes sociais 

O Senado dos Estados Unidos confirmou nesta quinta-feira, 13, Robert F. Kennedy Jr. como secretário da Saúde e Serviços Humanos do presidente Donald Trump. Com uma votação de 52 a 48, a decisão reflete divisões partidárias significativas. 

A confirmação, assegurada com uma maioria simples, contou com o apoio republicano, exceto pelo senador Mitch McConnell, que votou contra. As audiências de confirmação de Kennedy foram intensas, com críticas a suas alegações de que vacinas estariam ligadas ao autismo, já refutadas por pesquisas científicas. 

Os democratas destacaram seu papel na Children’s Health Defense, organização que ele fundou e que se opõe a vacinas, tendo processado o governo federal em várias ocasiões, inclusive contra a autorização da vacina covid-19 para crianças. 

O senador republicano Bill Cassidy, médico e presidente do Comitê do Senado sobre Saúde, Educação, Trabalho e Pensões, foi decisivo ao apoiar Kennedy na votação do comitê, permitindo que a indicação avançasse. Cassidy, apesar de “preocupado” com o histórico do político em relação a vacinas, apoiou-o depois de receber compromissos do indicado. 

Perfil de Robert F. Kennedy Jr.


Trump e Robert F. Kennedy Jr. em um evento de campanha do republicano | Foto: Carlos Barria/Reuters

Kennedy, além de suas posições sobre vacinas, defende mudanças na indústria farmacêutica e na alimentação. Ele pretende promover um estilo de vida saudável, reformar diretrizes dietéticas e combater alimentos ultraprocessados. 

Anteriormente, ele lançou uma candidatura presidencial democrata, em abril de 2023, mas suspendeu a campanha seis meses depois para apoiar Trump e seguir como candidato independente. 

Depois da confirmação, Trump elogiou Kennedy, descrevendo-o como “um campeão incrível para muitos desses valores que todos compartilhamos”. 

Entretanto, o Comitê Nacional Democrata criticou a decisão do Senado, acusando Kennedy de não priorizar a saúde dos norteamericanos e de espalhar “desinformação médica” com possíveis consequências fatais.

Revista Oeste