A energia percorre linhas de transmissão com longas distância para chegar aos lares do país
Dar um clique no interruptor de uma lâmpada é uma tarefa tão simples que pode ser feita até mesmo por meio de um comando de voz — e isso, inclusive, em algumas das moradias mais humildes do país. Levar energia pela rede elétrica até os lares brasileiros, entretanto, é um trabalho muito mais complexo.
A rede elétrica nacional é formada por longas distâncias de cabos metálicos dispostos em linhas para a transmissão da energia dos locais de geração para os de consumo. Somadas, essas estruturas se estendem por 170 mil km, de acordo com os dados do governo federal.
É algo tão grande que seria possível dar quase 14 voltas em torno do Planeta Terra, na altura da linha do Equador. Elas funcionam como as grandes artérias de um corpo, levando a energia que passa por elas, semelhante ao sangue, que transporta nutrientes para todas as partes do organismo. Como sãos as linhas de transmissão da rede elétrica?
As linhas de transmissão não são os cabos nos postes das cidades; essa é a estrutura de distribuição. Ela é alimentada pelas subestações, construções que recebem a energia que vem das fontes geradoras e funcionam em voltagens mais altas. Alguns exemplos delas são as grandes torres interligadas por cabos, cuja maior parte fica em áreas rurais
As linhas de transmissão são sustentadas por torres metálicas | Reprodução/Wikimedia CommonsEnquanto um aparelho de televisão opera com, no máximo, 220 volts, a linha de transmissão mais simples do país é de 132 mil volts, uma diferença de 600 vezes. E as mais robustas chegam a 800 mil volts — ou seja, 3,6 mil vezes mais tensão que o televisor.
A rede elétrica nacional tem linhas de transmissão de, basicamente, dez voltagens diferentes. As mais usadas no sistema são as de 230 mil volts, que somam 64 mil km de extensão. E as menos comuns são as de 765 volts (1,7 mil km).
Revista Oeste