Processo licitatório já foi aberto e deve ser realizado na sexta-feira 10
O Supremo Tribunal Federal (STF) pretende gastar mais de R$ 16 milhões para custear cerca de 200 recepcionistas durante o período de um ano. O processo licitatório já foi aberto e deve ser realizado na sexta-feira 10.
De acordo com a mais alta Corte do país, os novos recepcionistas serão responsáveis por “esclarecer dúvidas gerais sobre a atividade do STF”, “auxiliar na montagem e controle do andamento de processos” e “digitar ou digitalizar documentos”, entre outras atividades.
Segundo o STF, o contrato vem sendo renovado a cada ano. A Corte não possui recepcionistas concursados.
“As recepcionistas terceirizadas atuam em todos os departamentos do tribunal, para atendimento presencial e telefônico, além do atendimento ao público externo”, informou o Supremo. “O STF vem buscando reduzir o número de postos a cada contrato, além de ter unificado, na atual contratação, serviços antes previstos em outros contatos.”
Em sua conta oficial no Twitter, Salim Mattar, ex-secretário de Desestatização do governo de Jair Bolsonaro, resumiu o absurdo da situação ao comentar o tema.
Reportagem publicada por Oeste no dia 21 de novembro, com base em dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), revelou que mais de R$ 100 bilhões por ano são consumidos no Brasil apenas em gastos com o Poder Judiciário.
Os dados são da edição mais recente da pesquisa “Justiça em Números”, do CNJ, que reúne informações referentes a 2020. O valor desembolsado com a Justiça brasileira corresponde a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional — ou seja, mais de 1% da soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
De acordo com o CNJ, as despesas totais com o Judiciário representam 11% de todos os gastos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Segundo J.R. Guzzo, colunista da Revista Oeste, “a Justiça brasileira não é apenas um desastre para o cidadão a quem deveria servir; e, também, o caminho da fortuna para quem recebe o presente de construir suas obras”.
Leia também: “A Justiça mais cara do mundo”
Revista Oeste