| Ueslei Marcelino - 30.set.2015/Reuters | |||||
| Trabalhador pinta tanque da Petrobras em Brasília Folha de São Paulo 
A Justiça dos Estados Unidos, que julga ações coletivas contra a Petrobras, aguarda a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) relativa a 51 pedidos para que envolvidos na Lava Jato deponham ou entreguem documentos. 
Nas cortes americanas correm processos que acionistas movem contra a estatal por considerar que a diretoria atuou contra os seus interesses, e alegam que isso ficou evidente com a Lava Jato. 
Parte dos casos já foi solucionada –a Petrobras já fechou acordos relativos a 21 deles. A empresa provisionou US$ 445 milhões (R$ 1,46 bilhões) para esse fim. 
Entre as demandas na Justiça brasileira, delatores e empresas que fizeram acordo de leniência são a maior parte dos nomes que os americanos querem ouvir, mas há antigos diretores-executivos da estatal e até auditores. 
Nesta semana, o STJ julgou dois pedidos: um para que a Galvão Engenharia apresentasse documentos e outra para ouvir um ex-executivo da Toyo Setal, Julio Camargo. 
Para que um brasileiro dê depoimento, um ministro do STJ precisa decidir se há pertinência e apontar um juiz federal para ouvir o testemunho dele no Brasil. 
Advogados que representam partes que foram chamadas a testemunhar disseram que não é interessante se pronunciar porque há risco de cair em contradição com o que já foi dito na Lava Jato. 
O número de casos no STJ pode ser maior que 51 pedidos, pois há processos em segredo de Justiça. 
Agência investe R$ 150 milhões em inovação na saúde 
O Ministério da Saúde vai aportar R$ 150 milhões na Embrapii, agência que financia projetos de inovação em parceria com empresas e centros de pesquisa. A verba deverá ser aplicada em 2018 e 2019 em estudos na área da saúde. 
A entidade é uma organização social financiada, atualmente, pelos ministérios da Ciência e da Educação. 
Os projetos devem desenvolver tecnologia para a indústria nacional. Um terço das atividades é bancado pela Embrapii, cerca de 21% por centros de pesquisa e o restante, pela iniciativa privada. 
"O montante vai transformar ideias em avanços tecnológicos. Levou um ano para convencer o jurídico a autorizar a parceria", diz o ministro da Saúde, Ricardo Barros. 
"O convênio terá impacto social na saúde [pública]", afirma o ministro da Ciência, Gilberto Kassab. 
"Selecionamos grupos de cientistas que atuam em áreas de interesse das empresas, da aeronáutica a cosméticos", diz Jorge Guimarães, presidente da agência. 
Já há projetos da área da saúde financiados, como um consultório odontológico portátil. As patentes, em geral, são registradas pelas indústrias. 
Beleza comprada 
A Cless, fabricante de cosméticos, vai investir R$ 200 milhões no ano que vem, segundo o diretor-executivo da empresa, Luiz Piccoli. 
Grande parte do aporte será usado na compra de uma outra companhia, afirma. 
"Deveremos anunciar no início de 2018 a aquisição de uma nova fábrica. Estamos em fase de 'due dilligence' [auditoria e investigação]." 
A maioria dos recursos usados na transação serão próprios. A Cless tem como sócio minoritário o fundo One Equity Partners, que possui uma fatia de 30%. 
A capacidade ociosa da fabricante beira os 30%, mas a compra permitirá que a empresa atue em novos segmentos, que não podem ser divulgados, diz Piccoli. 
"O objetivo é aumentar o nosso portfólio com marcas para o canal de varejo." 
Uma parcela do montante também será usada em publicidade e no desenvolvimento de novos produtos, inclusive para a divisão de vendas diretas no sistema multinível, lançada em setembro deste ano. 
R$ 200 MILHÕES será a receita em 2017 
350 são os funcionários diretos 
Chega de ócio 
O Grupo Fragnani, de revestimentos cerâmicos, deverá ampliar a produção em sua planta na Bahia no ano que vem, segundo o presidente, Ricardo Fragnani. 
"Estamos sem capacidade ociosa, temos até buscado terceiros para fabricarem para nós", diz o executivo. 
O investimento previsto na nova linha e em infraestrutura é de R$ 80 milhões. A maioria dos recursos virá de captação com o Banco do Nordeste, afirma Fragnani. 
Além da fábrica, outros R$ 18 milhões serão investidos em trocas de equipamentos e novas tecnologias. 
A expansão ocorre após uma queda de 30% no faturamento da empresa em 2016, o que levou a uma mudança no portfólio da companhia. 
"Passamos a trabalhar com insumos mais em conta e preços mais baixos, reduzimos a nossa margem e começamos a explorar mais o varejo." Raio-X
1.200 são os funcionários diretos da fabricante de revestimentos 
6,3 MILHÕES DE M² por mês é a capacidade instalada das unidades do grupo em São Paulo e Bahia 
50 são os países para os quais a companhia vende produtos 
Regresso... Os indicadores macroeconômicos voltaram aos índices anteriores ao choque causado pela divulgação da conversa entre Joesley Batista e o presidente Michel Temer em novembro. 
...à normalidade A informação é do último boletim de risco da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Somente um fator ainda não retornou ao patamar anterior ao do episódio: o câmbio. 
Gourmet O Grupo Ideia, administrador de bares em São Paulo, vai investir R$ 8,5 milhões nos próximos seis meses para inaugurar dois empreendimentos. Hoje, a empresa tem três casas na Vila Madalena. 
Tecnologia A Locaweb, fornecedora de serviços de internet, vai começar a atuar no mercado de meios de pagamento. O investimento feito na nova divisão foi de R$ 6,1 milhões. 
Cinto... A intenção de endividamento dos paulistanos caiu 4,8% em novembro, em relação ao mesmo mês de 2016. O índice chegou a 17,5 pontos na escala até 200 (mais propenso a dívidas), aponta a FecomercioSP. 
...apertado Entre os entrevistados, 90,4% afirmaram que não pretendem contrair financiamento nos próximos três meses e 62% disseram não ter investimentos em nenhum tipo de aplicação. 
com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS | 




