Quarenta dias depois de estrear na bolsa Nasdaq, em Nova York, a XP Investimentos já vale R$ 100 bilhões, ou um pouco mais de US$ 23 bilhões. Se fosse listada na B3, ela estaria entre as dez maiores em valor de mercado, no seleto rol dos grandes bancos, Vale, Petrobras e Ambev. Desde sua abertura de capital, a valorização da ação foi de 60%. Internamente não se pode dizer que é uma surpresa. No ano passado, os cálculos internos já apontavam que rapidamente ela alcançaria esse marco. Isso porque, no mundo, há poucas empresas de elevado grau de crescimento – chamadas de “growth”, que são geralmente ligadas ao setor de tecnologia – e que já geram resultados positivos. Os ativos sob sua custódia da XP cresceram mais de 90% entre 2014 e 2018. Já o lucro, que acumulou R$ 699 milhões de janeiro a setembro do ano passado, era de R$ 465 milhões em todo 2018, de R$ 424 milhões em 2017 e de R$ 244 milhões em 2016.
Bom negócio. Em 2017, o Itaú Unibanco adquiriu 49,9% das ações da XP e pagou cerca de R$ 6 bilhões, avaliando a companhia à época em R$ 12 bilhões. Após a oferta, o maior banco privado do País ficou com uma fatia de 46% da XP. O valor de mercado do Itaú Unibanco na B3 é de R$ 321 bilhões.
Por aqui. Apontada como a mais similar listada no mercado local, o BTG foi uma das empresas da bolsa brasileira que viu o número de pessoas físicas em sua base acionária mais crescer no ano passado. A ação da instituição financeira, que tem dado tração em sua plataforma digital, subiu 179% em um ano.
Fernanda Guimarães, O Estado de São Paulo