Focado na missão de diminuir sua carteira de renda variável, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) começa as reuniões com investidores para vender as ações com direito a voto (ordinárias) que detém da Petrobras. A oferta subsequente (follow on), de R$ 23,5 bilhões, ocorrerá no Brasil e na bolsa de Nova York, onde a petroleira possui ADRs (American Depositary Shares). Por lá, a estatal já arquivou um prospecto preliminar na Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador norte-americano do mercado de capitais. Na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o arquivamento está marcado para amanhã, data limite para que a petroleira lance a oferta, que terá esforços amplos de distribuição, utilizando seus dados financeiros referentes ao terceiro trimestre do ano passado. A precificação está marcada para o dia 05 de fevereiro.
Comitiva. O presidente do banco de fomento, Gustavo Montezano, fez sua estreia no Fórum Econômico Mundial em Davos. Nas tradicionais reuniões bilaterais, certamente Petrobras será assunto na pauta junto a investidores, que a partir de hoje lotam a pequena cidade suíça.
Banho-maria. Se a oferta da Petrobras está dentro do cronograma, a da JBS deve ter ritmo mais lento, por falta de avanço em trâmites internos. Procurado, o BNDES não comentou.
Fernanda Guimarães, O Estado de São Paulo