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A primeira-ministra britânica, Theresa May, discursa na Câmara dos Comuns nesta quarta-feira (26) |
LEÃO SERVA - Folha de São Paulo
Uma pesquisa divulgada nesta quarta (26) mostra que a primeira-ministra britânica, Theresa May, pode sair da eleição de junho com uma votação maior do que a da também conservadora Margaret Thatcher (1925-2013) no auge de sua popularidade, quando foi reeleita em 1983.
Se o pleito fosse hoje, o Partido Conservador, de May, teria 49% dos votos contra 26% dos trabalhistas, de Jeremy Corbyn. Terceiro, o Partido Liberal-Democrata, tem 13%, e os demais somam 13% (os dados são arredondados).
Feito no início da campanha, o levantamento não reflete os primeiros enfrentamentos eleitorais. Mas indica que May estava certa ao antecipar a eleição para conquistar uma sólida maioria parlamentar, evitando o risco de sua popularidade despencar nos próximos dois anos, quando estará negociando o "brexit" —a saída britânica da União Europeia.
A pesquisa, feita pelo instituto Ipsos, não projeta a maioria parlamentar que poderá sair das urnas. O sistema eleitoral britânico é distrital: quem ganha a eleição em um distrito, mesmo que por um voto, faz o deputado dessa localidade.
Assim, partidos menores tendem a ter sua expressão reduzida.
É possível que os Conservadores façam 2/3 dos 650 membros do Parlamento. Foi assim na vitória do trabalhista Tony Blair, em 1997, quando pouco mais de 50% dos votos se converteram em cerca de 420 deputados.
Indagados "Qual líder partidário é mais preparado para primeiro-ministro", May fez 61% contra 23% de Corbyn. É o maior índice desde os anos 1970, quando a pergunta começou a ser feita.