segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Com o cinismo habitual do lulopetismo, Dilma lamenta ver petistas na corrupção da Petrobras

Ilimar Franco - O Globo 

A presidente Dilma declarou agora à tarde que ela não esperava que petistas e pessoas próximas ao partido estivessem envolvidas no escândalo de corrução na Petrobras. Ela afirmou que foi pega de surpresa e que lamenta o que aconteceu. Sobre o trabalho do juiz Sérgio Moro, esquivou-se dizendo que não tem opinião sobre qualquer pessoa. Para a presidente, quanto mais rápidas e efetivas forem concluídas as investigações melhor.
O GLOBO -- A senhora, em algum momento, imaginava que militantes ou pessoas ligadas ao PT estivessem envolvidas com essa barafunda da Petrobras? 

-- Presidente Dilma - Não!

-- Não?

Dilma -- Não!

-- A senhora foi completamente surpreendida?

Dilma - Fui! Acho e lamento profundamente!.

-- A senhora acha que poderia ter feito alguma coisa diferente. Que pudesse minorar isso. Ou é difícil fazer essa avaliação?

Dilma -- Posso falar uma coisa. Eu sou a favor de uma coisa que o Mário Thomaz Bastos dizia. Não esperem que sejam as pessoas a fonte da virtude. Tem que ser as instituições. As instituições é que tem de ter mecanismo de controle. É muito difícel. Integra a corrupção o fato dela ser escondida, clandestina e obscura.
A exemplo do juiz Sérgio Moro, a presidente Dilma disse que não falaria do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Mas ela fez uma ironia quando lhe foi lembrado que o ex-presidente Fernando Henrique sugeriu que ela renunciasse o mandato.
-- Sugerir é fácil.
Redução de cargos e ministérios
A presidente Dilma Roussef reafirmou ontem que vai acabar com dez  ministérios e acrescentou que vai reduzir1.000 cargos de livre procimento ou funções gratificadas. 

Explicou que o bjetivo principal é racionalizar a máquina, mas também haverá corte de gastos. Pois se isso não acorrer essas medidas seriam "demagógicas". Ela se negou a dizer quais as pastas marcadas para morrer, dizendo que o estuda ainda estava sendo concluído.

Essa cautela decorre, segundo a presidente, porque será necessário uma composição política com os partidos. Pois mesmo os que são a fazer podem ter algumas críticas, sobre determinadas mudanças.

-- Todo mundo é a fazer. Todas as torcidas são a favor. Uma reforma dessas não se faz dentro do gabinete, sozinha.

Essa redução das pastas passará também por consultas à sociedade. O governo pretende ouvir os segmentos empresárias afetados poelas mudanças. Citou como exemplo a eventual junção entre a APEX e a ABDI. Pois uma das metas é racionalizar a máquina e acabar com as sobreposições. Além de ministérios, serão extintas secretarias com o cuidado de não perder eficácia.

-- A minha meta não pode ser irracional.