terça-feira, 7 de abril de 2015

"Fundos de participação podem ser a saída para empreiteiras e Petrobras", por Mriam Leitão

O Globo


Os fundos de participação começaram 2015 com o caixa cheio. No momento em que empreiteiras e empresas de energia estudam vender ativos, os gestores de capital de risco se colocam como opção para comprá-los. Os fundos de private equity, como são conhecidos, começaram 2015 com R$ 36,8 bi disponíveis para compras, 35% a mais que um ano antes. Os dados são da ABVCAP, a associação do setor, que realiza seu congresso anual entre esta terça-feira e quarta-feira, no Rio.    
Christopher Meyn, sócio da Gávea Investimentos, conta que o cenário da indústria de capital de risco é propício. Nesse começo de 2015, a gestora levantou US$ 1,1 bi em seu quinto fundo, e Meyn conta que há muita oportunidade sendo vendida no Brasil, no setor de óleo e gás e nas participações de empreiteiras. As construtoras, acredita Meyn, deverão se restringir às obras, vendendo participações.   
Com a bolsa fechada e o crédito mais caro, os fundos de private equity podem dar a saída que empresas importantes para a economia do Brasil já avisaram que vão precisar. Meyn conta que, se a oportunidade for boa, dinheiro não será problema.