Mandatário carioca afirma que o Planalto negou ao menos três pedidos de reforço militar
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), criticou o governo Lula (PT) por ter “se recusado” a ceder apoio das Forças Armadas em operações de combate ao tráfico de drogas no Estado.
Segundo o governador, o Planalto negou ao menos três pedidos de equipamentos e suporte militar, o que levou o governo carioca a deflagrar, nesta terça-feira (28), uma megaoperação com recursos próprios.
A ação, que teve como alvo cerca de 100 lideranças do Comando Vermelho (CV) nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, já resultou em mais de 50 prisões.
“Não foram pedidas desta vez [as Forças Armadas] porque já tivemos três negativas. Já entendemos a política de não ceder. Cada dia temos uma nova razão, pra não ser mal-educado, para não emprestar e para não colaborar”, declarou Castro em entrevista coletiva.
O governador explicou que, em ocasiões anteriores, o Estado solicitou o empréstimo de blindados e equipamentos militares para garantir a segurança das operações nas comunidades, mas os pedidos foram negados sob o argumento de que a participação das Forças Armadas só seria possível mediante Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Castro destacou ainda que o RJ “está sozinho nessa guerra” e que o Estado não pode “ficar chorando pelos cantos”.
A gente entendeu que a realidade é essa, e a gente não vai ficar chorando pelos cantos. O estado, ao invés de ficar transformando em uma batalha política, tá fazendo a sua parte e tá excedendo inclusive os seus limites e até entendo as nossas competências. Mas, continuaremos excedendo elas. Se precisar exceder mais ainda, excederemos na nossa missão de servir e proteger o nosso povo”, ponderou.
Diário do Poder