quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Desgoverno Lula: estatais controladas pela União acumulam prejuízo de R$ 9 bilhões

 Dados se referem ao período até agosto; companhias públicas federais acumulam resultados negativos desde que Lula voltou ao governo


Desde que Lula assumiu o cargo, em 2023, estatais viram lucro virar prejuízo | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil


Dados do Banco Central compilados pela CNN mostram que nos últimos 12 meses encerrados em agosto de 2025 as estatais controladas pelo governo federal acumularam prejuízo de R$ 8,9 bilhões.

 

O montante representa mais que o dobro das perdas registradas até agosto de 2024, o que evidencia o agravamento no desempenho financeiro dessas empresas. 

Um gráfico divulgado pela CNN, feito com base nos dados do Banco Central, mostra que logo depois de Luiz Inácio Lula da Silva assumir o governo, as estatais voltaram a apresentar prejuízo. No último ano de Michel Temer (2018) e nos quatro anos de Jair Bolsonaro (2019 a 2022), as empresas públicas eram lucrativas.


Gráfico produzido pela CNN com base em dados do Banco Central - Foto: Reprodução/CNN


Diante desse cenário, o governo federal foi pressionado a elevar os repasses para garantir o funcionamento das estatais. As transferências diretas do Tesouro Nacional, conhecidas como subvenções, totalizaram R$ 27 bilhões em 2024, superando em R$ 3 bilhões o valor do ano anterior. 

Prejuízo nas estatais e principais beneficiárias de repasses 

A análise dos principais destinatários desses recursos indica a Ebserh, vinculada ao Ministério da Educação, como a maior beneficiária, com aproximadamente R$ 11,5 bilhões. A Embrapa, voltada ao desenvolvimento tecnológico no agronegócio, aparece logo em seguida no volume de repasses recebidos.


No governo Lula, Correios acumulam prejuízo histórico | Foto: Ricardo Stuckert/PR

O desempenho dos Correios ilustra as dificuldades enfrentadas. No primeiro semestre, mesmo com aumento da receita para R$ 8 bilhões, a estatal apresentou prejuízo líquido de R$ 4 bilhões, valor mais de 220% superior ao registrado no mesmo período de 2024. O resultado negativo foi provocado principalmente pelo crescimento das despesas administrativas e operacionais.


Loriane Comeli - Revista Oeste