segunda-feira, 21 de abril de 2025

'Artistas' que apoiaram o ex-presidiário Lula ‘captam’ R$2 bilhões, só este ano, com Lei Rouanet

 "Cachê" de artistas alinhados à esquerda não parece ter limites


Ministra da 'Cultura',o ex-presidiário Lula, Margareth Menezes

Ainda no quarto mês do ano, o Ministério da Cultura autorizou captação de quase R$2 bilhões via Lei Rouanet. Impressiona o valor já captado, que representa renúncia fiscal de mais R$347 milhões, enquanto o governo Lula esfola os brasileiros com suas taxações e impostos. Desde o início da atual gestão, disparou o uso da Rouanet beneficiando artistas alinhados à esquerda. O recorde foi em 2024, passou de R$3 bilhões. “A Lei Rouanet virou megafone ideológico bancado pelo pagador de impostos”, critica o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP).

Muito para poucos

A faixa de valores para captação aprovada acima de R$10 milhões supera R$668,7 milhões, para apenas 10 projetos, diz o ministério.

Culinária de bilhões

Um projeto culinário conseguiu aprovar a boa fatia de R$533,3 milhões para captação, mas o programa acabou arquivado no início deste mês.

Caminhão de dinheiro

Painel de monitoramento do Ministério da Cultura mostra que, ao todo, já foram torrados mais de R$31 bilhões com “investimento em projetos”.

O céu é o limite

Os dados mostram a escalada da Rouanet. Em 1993, primeiro ano com dados, foram R$21,2 mil. Disparou até atingir R$3 bilhões de 2024.


Diário do Poder

Programa 4 por 4

The Economist deixa claro que STF não vai fazer julgamento imparcial de Bolsonaro

Artigo da revista britânica expõe a Corte perante o mundo como aquilo que de fato ela é: um não-tribunal que se deu poderes totalitários, opera como uma facção política e tornou-se incapaz de fornecer justiça 


Ministro Alexandre de Moraes em julgamento da 1ª Turma que recebeu denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro - 25/03/2025 | Foto: Rosinei Coutinho/STF


Até tu, The Economist? Sim, até tu, The Economist. Tinha de acontecer um dia, mais cedo ou mais tarde, e aconteceu. O semanário inglês, tido como leitura obrigatória dos grandes deste mundo, foi durante mais de 100 anos um dos principais santuários disponíveis para o pensamento conservador com viés racional. Hoje, antenado na Tábua de Mandamentos do pensamento globalista com viés esquerdoso, serve como um escritório de certificação do que existe de mais politicamente correto na vida pública mundial. Tanto na sua primeira encarnação como na segunda, é visto como um árbitro da virtude dos governos — e esse árbitro acaba de dizer que o STF está nu. 

O que The Economist disse, com muita delicadeza e cuidado em cada palavra, mas sem qualquer dúvida para o bom, ou mesmo médio, entendedor, é que o ex-presidente Jair Bolsonaro não vai ter um julgamento imparcial no processo que o STF promove contra ele. Não dá, realmente, para se dizer que The Economist é bolsonarista, como se diz automaticamente de quem afirma a mesma coisa aqui no Brasil — Bolsonaro, ao contrário, é uma bête noîre definitiva no seu elenco de maus elementos mundiais. A conclusão é que o STF, enfim, se vê exposto perante o mundo como aquilo que de fato é: um nãotribunal que se deu poderes totalitários, opera como uma facção política e tornou-se incapaz de fornecer justiça. 


Julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro pela 1ª Turma do STF – 25/03/2025 | Foto: Fellipe Sampaio /STF

 Era pouco provável, naturalmente, que o STF continuasse a fazer tudo o que tem feito nos últimos anos sem que ninguém no mundo percebesse, um dia. É o flagrante perpétuo, a prisão provisória por tempo indeterminado e o julgamento dos réus em lotes. É a anulação de todos os processos de corrupção. É o inquérito policial que continua aberto há seis anos. É a defesa por vídeo. É a nomeação para uma cadeira no tribunal do advogado pessoal do presidente da República. É o julgamento de Bolsonaro por uma câmara de cinco juízes, e não pelo plenário. É o traficante búlgaro que ganha a proteção do STF por caprichos de vingança de Alexandre de Moraes. É muito mais ainda. 

Não existe nada parecido com isso em qualquer sociedade civilizada do planeta. Na verdade, só no Brasil vigora a ficção de que o STF cumpre a lei, que não há nada de anormal em condenar a 17 anos de cadeia pessoas que participaram de um quebra-quebra e que houve uma tentativa de golpe armado em que a armas eram estilingues, bolas de gude e um batom, no papel de “substância inflamável”. O que há, no mundo real, é uma fratura que vai ficar cada vez mais exposta até a hora do julgamento. Terão de ser exibidas em juízo as provas do golpe do STF — e aí sim, The Economist vai ver o que é a justiça brasileira.

Revista Oeste

Alexandre de Moraes esculhambado internacionalmente pela The Economist

domingo, 20 de abril de 2025

'O infame julgamento de Cristo e o perfil de um magistrado', por Ives Gandra Martins

Um juiz não pode se deixar levar por fatores que apenas confirmem sua opinião quando tiver que condenar


O Jesus Cristo de Jim Caviezel: intensidade da flagelação e da crucificação | Foto: Reprodução/Icon Productions

Aproveitando a celebração da Semana Santa e da Páscoa, levo aos meus leitores a reflexão que segue. Falo sobre aquele que foi o julgamento mais infame da história da humanidade: o de Cristo. As pessoas que queriam condená-lo à morte forjaram as provas, pois não se conformavam com os milagres que Cristo fazia e, por isso, resolveram condená-lo à morte. 

Fizeram com que o próprio Pôncio Pilatos, governador da Judeia, não tivesse coragem de enfrentar os juízes que condenaram Cristo à morte. Isso nos permite passear pela História e lembrar também outros julgamentos sórdidos. 

“Fidel Castro mandava fuzilar seus adversários no paredón, eliminando-os, sem sequer iniciar o processo” Ives Gandra Martins 

Josef Stalin, o governante comunista da antiga União Soviética, por exemplo, julgava seus adversários sem lhes dar nenhuma possibilidade de defesa e mandava matá-los. Milhões de pessoas foram mortas por Stalin. Hitler também julgava os judeus sem nenhum direito à defesa e, sempre condenados, eram mortos. Fidel Castro mandava fuzilar seus adversários no paredón, eliminando-os, sem sequer iniciar o processo, por acreditar que eram inimigos do regime comunista. 

De rigor, o pior aspecto de um governo no exercício do poder é, certamente, a negação do direito à defesa.

Adolf Hitler não chegou ao julgamento: a exemplo dos seus dois principais assessores, Himmler e Goebbels, o líder nazista cometeu suicídio para não ser capturado pelas forças aliadas - Foto: Reprodução/Redes sociais 

Nunca aceitei cargos no Judiciário, nunca prestei nenhum tipo de concurso. Sempre escolhi a advocacia. Sempre quis exercer e exerci a profissão de advogado e de professor universitário. Isso porque considero que o direito de defesa é o mais sagrado direito numa democracia. 

Vale ressaltar que, quando os juízes deixam de ser imparciais, quando passam a pretender que a sua opinião prevaleça e não obedecem à lei, procurando fabricar provas, quando isto ocorre em qualquer país do mundo — como aconteceu nas grandes ditaduras e, às vezes, até nas democracias —, nós estamos, efetivamente, numa democracia fragilizada, a caminho de uma ditadura ou em plena ditadura.

Juiz imparcial, moderado e justo 

Como dizia o ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça, em recente palestra num congresso em homenagem aos meus 90 anos, “O juiz tem de ser absurdamente imparcial, moderado, justo”. Ele não pode se deixar levar por fatores que apenas confirmem sua opinião quando tiver que condenar. Ele não pode ter uma opinião preconcebida. Deve analisar as provas.



A imparcialidade é o elemento mais importante para um julgador. Quando se coloca na cadeia alguém inocente, ou se vem a se arrepender depois da decisão — mas essa pessoa perdeu um, dois, três anos da sua vida —, é evidente que isso deve gerar um problema de consciência ao magistrado. 

Se eu fosse magistrado e condenasse alguém, e depois percebesse que eu teria de absolvê-lo porque aquilo não correspondia à realidade, eu passaria a vida inteira com um problema de consciência por causa daquele caso isolado. E se alguém morresse em função da minha desídia em examinar um processo em que havia necessidade de atenção, o meu drama seria muito maior. 

“Não se limitar à Justiça formal, mas, primordialmente, evitar a injustiça. Essa é a essência da missão do magistrado” Ives Gandra Martins

Por isso, dizia Mendonça, que a imparcialidade, a moderação, a possibilidade de examinar as provas existentes, e não a sua opinião pessoal, anterior ao próprio julgamento, devem ser o maior e mais importante requisito. Não se limitar à Justiça formal, mas, primordialmente, evitar a injustiça. Essa é a essência da missão do magistrado. 

O Judiciário e o julgamento de Cristo 

Tudo isso me veio à mente porque, no Domingo de Ramos, nos preparávamos para o mais infame julgamento da história, quele que levou Cristo a ser condenado a uma morte dolorosíssima: a crucificação. 

E sugiro aos meus leitores que pensem muito em suas falhas pessoais e em como estamos vivendo. Que tentemos, finalmente, nos reconciliar com Deus, ver como podemos corrigir nossos erros. Enfim, como entramos numa rota que nos permita aproveitar a ressurreição de Cristo de uma maneira em que, efetivamente, vivamos com Deus em nosso coração. 

Ives Gandra Martins, Revista Oeste

A História não contada de um gênio. 🎵 O homem que Revolucionou a música...

Com o cinismo que expõe o caráter do 'cartel lula-stf-globolixo'', Luis Roberto 'perdeu mané' Barroso responde The Economist e nega ter dito 'derrotamos o bolsonarismo'

Em nota, presidente do STF sai em defesa do ministro Alexandre de Moraes e rebate publicação da revista britânica; confira


Luís Roberto 'perdeu mané' Barroso discursa em evento da União Nacional dos Estudantes (UNE):

Neste sábado, 19, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto 'perdeu mané' Barroso, divulgou uma nota oficial em defesa do ministro Alexandre de Moraes, depois de críticas da revista britânica The Economist. 

O artigo, publicado na última quarta-feira, 16, acusa o Judiciário brasileiro de concentrar poder excessivo, com destaque para Moraes. 

A revista sugere que a Corte deve exercer suas funções com mais moderação. Barroso rebateu e destacou que o “Brasil vive uma democracia plena, com respeito aos direitos fundamentais e um sistema de freios e contrapesos”. 

Ele enfatizou que o procedimento penal do Tribunal prevê que ações contra altas autoridades podem ser julgadas por uma das duas turmas, não pelo plenário. A análise dos supostos crimes contra o Estado democrático de direito está apenas com a 1ª Turma do STF.

O presidente do STF disse que quase todos os ministros já receberam ofensas por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Se a suposta animosidade em relação a ele pudesse ser um critério de suspeição, bastaria o réu atacar o tribunal para não poder ser julgado”, afirmou Barroso. 

A atuação do STF, segundo Barroso


Fachada do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília | Foto: Divulgação/STF

Barroso ressaltou que o Brasil teria enfrentado tentativas de golpe de Estado, planos terroristas e conspirações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin. Ele afirmou que o STF atuou de forma independente “para evitar o colapso das instituições, como ocorreu em outros países”. 

“Os responsáveis estão sendo processados criminalmente, com o devido processo legal”, reforçou o presidente do STF. Ele também disse que houve uma distorção sobre declaração em que teria dito que o STF “derrotou Bolsonaro”. Segundo Barroso, “foram os eleitores” que o fizeram. A fala original ocorreu em julho de 2023, no 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). 


Luís Roberto 'perdeu mané' Barroso - Ex presidente da Corte Eleitoral e atual presidente interino do STF: “nós derrotamos o bolsonarismo.” A parcialidade do TSE durante a eleição favorecendo Lula, agora reconhecida por Barroso, é a principal razão que levou milhares de pessoas às ruas desde a proclamação do Mostrar mais 


No artigo, The Economist descreve Moraes como um “juiz superstar” com “poderes surpreendentemente amplos”, que afetariam principalmente a direita política. A revista destaca que as investigações de Moraes contra Bolsonaro e sobre desinformação online o colocam entre os magistrados mais influentes do mundo, comparando-o a integrantes da Suprema Corte dos Estados Unidos.




Com Revista Oeste

Billie Holiday - 'As Time Goes By'

Alexandre de Moraes dobra a aposta e começa a ficar isolado

'O orgulho de Gilmar Mendes é a tragédia brasileira', por Lucas Cheiddi

Em editorial publicado neste sábado, 19, jornal analisa as críticas feitas pelo decano do STF à Operação Lava Jato, em conferência nos EUA


Gilmar Mendes -  Foto: Rosinei Coutinho/STF

Em editorial publicado na tarde deste sábado, 19, o jornal Gazeta do Povo analisou as falas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que fez duras críticas à Operação Lava Jato, numa conferência brasileira nos Estados Unidos, a Brazil Conference, realizada na Universidade de Harvard. O decano da Corte afirmou que sente orgulho do desmanche da operação, a qual comparou com a maior organização criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC). 

“Qualquer brasileiro com um mínimo de razão compreende o absurdo da comparação entre uma operação de combate à corrupção e uma facção cuja razão de existir é o crime”, escreveu o jornal. “A virulência quando se trata da Lava Jato é característica de Gilmar Mendes, a ponto de ele ser o único ministro do Supremo com uma condenação no currículo por ofensas ao ex-procurador Deltan Dallagnol.” 

Como lembrou a publicação, antigamente, Gilmar Mendes elogiava os trabalhos da Lava Jato. Ele já afirmou que o petrolão era o “filhote maior” do mensalão, que o PT instalara uma “cleptocracia” no Brasil, com “um plano perfeito” para se “eternizar no poder”. 

No entanto, com o passar do tempo, tornou-se um grande crítico da operação. Para a Gazeta do Povo, a operação de combate à corrupção “usou de firmeza no desmonte do esquema montado pelo PT em conluio com partidos aliados e empreiteiras amigas, mas apenas aquela firmeza que a lei permitia”. 

“Trata-se de um despautério cuja falsidade é evidente, e que pode dizer muito sobre quem o profere, especialmente porque as supostas conversas nem sequer têm o teor que Gilmar lhes atribuiu, com menções a “destruição de empresários” ou coisa parecida”, escreveu o jornal. 

Jornal compara críticas de Gilmar Mendes com ações do STF


Ao centro, o ministro Alexandre de Moraes, ao lado de Fux e Mendonça - Foto: Bruno Peres/Agência Brasi

Ainda na publicação deste sábado, a Gazeta do Povo comparou as críticas de Gilmar Mendes à Operação Lava Jato com as próprias ações do STF, “especialmente as do ministro Alexandre de Moraes”. 

“Basta recordar as circunstâncias da delação premiada do tenentecoronel Mauro Cid, cuja prisão preventiva foi revogada justamente quando ele aceitou colaborar, e que depois ouviu de Moraes a ameaça de voltar à cadeia caso não confirmasse determinada versão dos fatos”, escreveu. 

“Ou, ainda, a escandalosa troca de mensagens entre assessores de Moraes no STF e no TSE, com um órgão da corte eleitoral produzindo material para embasar os inquéritos no Supremo. 

Nada disso, claro, impediu Gilmar de defender Moraes em Harvard, mas a verdade é que, se os critérios que o decano do STF aplica equivocadamente à Lava Jato fossem aplicados também ao inquérito das fake news e aos processos do 8 de janeiro e da “minuta do golpe”, não restaria pedra sobre pedra.” 

Para o jornal, a “o trabalho de que Gilmar Mendes tanto se orgulha é, no fim das contas, a impunidade daqueles que montaram o maior esquema de corrupção da história do país”.




Revista Oeste com Gazeta do Povo - LUCAS CHEIDDI 

Programa 4 por 4

Marcelo Odebrecht relacionou corrupção no Peru a Lula e ao PT

Nesta semana, o petista concedeu asilo político a Nadine Heredia, ex-primeira-dama peruana condenada a 15 anos por lavagem de dinheiro, em esquema que envolveu a empreiteira brasileira


Marcelo Odebrecht é um dos principais alvos da Lava Jato | Foto: Reprodução/X/Twitter 


O empresário Marcelo Odebrecht, dono da Novonor (antigo Grupo Odebrecht), relacionou, em 2017, a corrupção no Peru ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Partido dos Trabalhadores (PT). O caso voltou ao noticiário depois de o petista conceder, na última terçafeira, 15, asilo diplomático à ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia. Ela é mulher do ex-presidente do Peru Ollanta Humala, que governou o país de 2011 a 2016.

O político peruano recebeu dinheiro de propina enviado pela Odebrecht para financiar a campanha eleitoral no país. Em 2018, durante uma delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, Marcelo confessou o envio de cerca de US$ 3 milhões a Humala.

 “O acerto para campanha de Humala foi com o Antonio Palocci e Lula”, disse Marcelo Odebrecht em 18 de setembro de 2018. Marcelo deu a declaração para explicar o contexto de um e-mail, enviado em 21 de junho de 2011 a Luiz Antônio Mameri, então diretor da Odebrecht na América Latina. 

Antonio Palocci, citado pelo empresário, era ministro da Casa Civil da então presidente Dilma Rousseff, também do PT, na época do envio da mensagem. 

O dono da Novonor explicou à Polícia Federal que realizava diversos pagamentos para políticos no exterior porque era “interesse” do PT. Ele contou que, além do presidente do Peru, foram enviados pagamentos para pessoas em El Salvador.



“Todos os pedidos, com exceção desses aqui, eram pedidos do interesse do partido”, afirmou Marcelo. “Aí vai me perguntar o seguinte: sim, o que tem a ver o El Salvador e Ollanta Humala no Peru? É interesse do partido. Ou seja, o PT tinha interesse geopolítico.”


A situação que envolve Nadine, o marido e a corrupção que tem citação a Lula e ao PT rendeu críticas ao presidente brasileira no canal GloboNews. A jornalista Malu Gaspar, que é autora de A Organização, livro que apresenta irregularidades protagonizadas pela Odebrecht, relembrou de parte da história. 

“[Humala] era um candidato de esquerda, próximo de Lula e da então presidente Dilma Rousseff”, disse Malu. Ainda de acordo com a jornalista, o petista pediu para que a Odebrecht enviasse dinheiro ao Peru para financiar a campanha de seu aliado.

Peru condena ex-primeira-dama por corrupção com a Odebrecht 

A investigação brasileira levou à abertura de um inquérito no Peru, para investigar o recebimento de dinheiro do exterior. A Justiça peruana condenou, na última terça-feira, Humala e Nadine a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro e por receber contribuições ilegais da construtora Odebrecht e do governo venezuelano para suas campanhas eleitorais. 

Nadine também foi condenada, em 2020, por irregularidades na concessão do Gasoduto Sul do Peru à Odebrecht. Na época, ela cumpriu prisão domiciliar. Contudo, na condenação desta semana, o governo Lula concedeu asilo no mesmo dia em que a sentença foi proferida.

A ex-primeira-dama do Peru viajou ao Brasil logo depois de ser condenada — e em avião da Força Aérea Brasileira. O Ministério da Justiça brasileiro afirmou, em nota, que vai analisar o pedido de refúgio de Nadine e do filho de 14 anos, concedido pela Polícia Federal.

“A partir de agora, ambos deverão aguardar a deliberação do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública competente para decidir sobre os pedidos de refúgio”, informou a pasta.

Revista Oeste

Charla- Bárbara Coelho [Apresentadora]

sábado, 19 de abril de 2025

Anielle Franco viaja para evento da ONU, mas falta a debate sobre temas raciais. Assim opera o 'cartel lula-stf-globolixo'

 Ausência da ministra do ex-presidiário Lula causou constrangimento entre os participantes do fórum que ocorreu em Nova York


Anielle Franco e sua comitiva não compareceram ao debate cujo tema era ‘Inteligência Artificial e Justiça Digital para Pessoas de Ascendência Africana’ | Foto: Reprodução/Redes sociais


A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, viajou aos Estados Unidos para participar do Fórum Permanente da Organização das Nações Unidas (ONU). O evento, que ocorreu nesta semana em Nova York, tinha como objetivo discutir temas raciais. 

Contudo, chamou a atenção o fato de Anielle e sua comitiva não comparecerem ao debate cujo assunto era “Inteligência Artificial e Justiça Digital para Pessoas de Ascendência Africana”. O debate é considerado de extrema importância para a esquerda mundial. A ausência brasileira foi especialmente notada em razão da expectativa gerada sobre a integrante do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Ausência e constrangimento No encontro, representantes de vários países tiveram sua oportunidade para falar. Quando chegou o momento da manifestação da equipe brasileira, houve silêncio. A ausência do país com a maior população negra fora da África gerou constrangimento entre os participantes do painel.

A agenda de Anielle em Nova York se resumiu a reuniões com ministros de outros governos, visita ao memorial Arca do Retorno, localizada na sede da ONU, e em outras sessões do fórum. 

Anielle não participou do debate racial na ONU, mas palestrou na Universidade de Nova York. O tema que ela abordou na instituição foi sobre o “racismo no esporte”.

Momentos de Anielle Franco nas redes sociais Anielle compartilhou momentos da viagem em sua conta oficial do Instagram. Apesar de não ter participado do fórum, a ministra repetiu várias vezes nas redes sociais que seu objetivo é lutar pelo que ela chama de “justiça climática, equidade, reparação e inclusão da população negra”. 




Nos comentários, internautas cobraram de Anielle uma manifestação sobre a soltura do deputado federal Chiquinho Brazão. O parlamentar, que é acusado de mandar matar Marielle Franco (irmã da ministra de Lula), ganhou o benefício da prisão domiciliar.


Revista Oeste

'Outra Coisa', com Guilherme Fiuza, Nívea Kalmar e Pedro Almeida

BBC omite assassinatos em massa em vídeo educacional sobre o comunismo

 O caso foi exposto em uma reportagem do jornal britânico The Telegraph


A China vive atualmente sob a maior ditadura comunista da História | Foto: Reprodução/Ministério das Relações Exteriores da China

A BBC está sob críticas por apresentar uma visão distorcida do comunismo em seus materiais educacionais voltados para crianças, de acordo com reportagem do jornal britânico The Telegraph publicada neste sábado, 19. 

O site Bitesize, destinado a alunos de 11 a 14 anos, publicou um vídeo sobre o comunismo e a história da União Soviética que não menciona ditadores como Joseph Stalin e as milhões de mortes sob regimes comunistas no século XX. 

“A narração no vídeo da BBC admite que algumas pessoas pensam que a ideologia e o sistema econômico podem colocar ‘muito limites à liberdade individual’ e serem ‘centralizados demais'”, diz o Telegraph. 

“No entanto, nenhuma outra desvantagem dos regimes comunistas é apresentada no material didático, que não menciona a fome e os assassinatos em massa na União Soviética, na China de Mao Zedong ou no Camboja de Pol Pot.” 

Estima-se que o comunismo fez mais de 100 milhões de vítimas, incluindo assassinatos em massa e políticas deliberadas que causaram fome generalizada, como o Holodomor. Historiador e ativista criticam vídeo sobre comunismo da BBC .

Em contraste, um vídeo paralelo sobre o capitalismo no mesmo site lista um número maior de críticas ao sistema capitalista, ressaltando a concentração de poder em uma minoria. Essa discrepância nas abordagens tem gerado debates sobre a forma como o comunismo é apresentado às crianças. 

O professor Robert Tombs, historiador da Universidade de Cambridge, afirmou que ensinar o comunismo apenas como uma teoria política com desvantagens menores é “totalmente desonesto”.


BBC - seems to be shilling for communism. Their latest Bitesize education video doesn’t bother to mention the millions of mass deaths and starvation under Stalin, Mao or Pol Pot. Changing history by erasing the bits they don’t want children to know. Not fascist at all

“Ensinar a história do comunismo como se fosse apenas mais uma teoria política com algumas desvantagens menores, em vez da base de muitas das formas mais desumanas do totalitarismo da história, é totalmente desonesto e torna impossível para as crianças entenderem o mundo moderno”, declarou o historiador.  


Clifford D May, fundador da Fundação para a Defesa das Democracias, também criticou a BBC, acusando-a de retroceder em seu compromisso com a verdade histórica. 

“Durante a era soviética, milhões de pessoas subjugadas de Berlim Oriental a Vladivostok se amontoavam em rádios de ondas curtas para ouvir as notícias do Serviço Mundial da BBC — apesar de saber que isso poderia colocá-las no gulag — ou até mesmo acabar com suas vidas”, lembrou o May. 


E prosseguiu: “Eles entenderam que o maior inimigo dos regimes comunistas é a verdade. Comunismo significa necessariamente um Estado de partido único, nenhuma separação de poderes, nenhum partido de oposição ou associações cívicas independentes, e nenhuma liberdade de expressão ou consciência”, ensinou o ativista. 

“O comunismo vai contra tudo o que a BBC tem representado historicamente.” Para ele, a “BBC deveria estar dizendo abertamente aos jovens essas verdades”. 

” A BBC não deveria estar retrocedendo”, lamentou. + Discriminação: BBC paga salário maior a ‘minorias’ , revela jornal May acrescentou que o papel da emissora seria “especialmente importante agora”, destacando que o Partido Comunista Chinês, “o partido comunista mais poderoso da história” está “liderando uma nova Guerra Fria contra o Ocidente em estreita associação com o ditador neo-imperialista da Rússia, o ditador jihadista do Irã e o ditador dinástico da Coréia do Norte”

Resposta da BBC Em resposta, a BBC afirmou que o recurso Bitesize for Teachers não recebeu reclamações formais e foi projetado como ferramenta complementar, não um resumo abrangente do currículo histórico. 

“Este é um recurso Bitesize for Teachers e claramente rotulado para uso pelos professores, não para uso direto pelos alunos. Ele é projetado para ser usado juntamente com outros recursos e, portanto, não é um resumo abrangente da área curricular. Há outros recursos para os professores que cobrem a opressão e o assassinato por regimes comunistas”, afirmou um porta-voz da emissora pública britânica ao Telegraph.




Revista Oeste

Frank Sinatra - 'The Lady Is A Tramp'

"O 'liberalismo clássico' de Alexandre de Moraes", por Lucas Berlanza

 O ministro é um homem de uma corporação; e as ofensas à corporação são entendidas por ele como atentados à democracia



Alexandre de Moraes, durante sessão de julgamento de Jair Bolsonaro, no Tribunal Superior Eleitoral - 22/06/2023 | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Já tem sido um verdadeiro escárnio ver o presidente Lula se apresentar como um nobre defensor do liberalismo contra o protecionismo trumpista, ao lado de nada menos que a ditadura chinesa. Resta demonstrado, porém, que tudo pode piorar. 

O ministro Alexandre de Moraes, não satisfeito com sua notoriedade no Brasil, parece estar em uma jornada para virar ícone mundial. Na revista New Yorker, ele apareceu em um detalhado perfil, intitulado The Brazilian Jugde Taking on the Digital Far Right, como um destemido soldado contra o extremismo, que estaria, por isso mesmo, na mira de Donald Trump, Jair Bolsonaro e Elon Musk. Podemos utilizar esse espetáculo de exibicionismo para tentar compreender melhor a percepção do próprio personagem sobre seu lugar na vida pública, o que certamente será útil aos futuros historiadores. 

Para os repórteres da publicação, Moraes dissertou que o Brasil tem sido vítima de um “abuso da liberdade de expressão para ofender, ameaçar e coagir”, conduzido por uma coalizão internacional de “extremistas populistas de direita” que teria no bolsonarismo sua face nacional mais visível. De acordo com o ministro do STF, esse gênero de populistas percebeu o poder da internet depois da Primavera Árabe e aprendeu a utilizar os algoritmos das redes sociais a favor de “martelar” suas agendas com uma repercussão outrora inigualável. 


Moraes, durante eventos sobre os atos de 8 de janeiro – 08/01/2025 | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil 

Foi nesse contexto que Moraes proferiu a esdrúxula ideia de que os nazistas, se tivessem a oportunidade, teriam utilizado o X para conquistar o mundo (em vez de censurá-lo para esquivar-se dos contrafactuais e da liberdade de crítica de suas teses absurdas, como seria de se esperar). Esse populismo teria tido sucesso em perverter palavras como “liberdade”, colocando-as a serviço de suas pretensões golpistas e autoritárias. 

Moraes reafirmou para a reportagem suas convicções antigas sobre a necessidade da repressão dura a criminosos, porque as pessoas precisam saber claramente que as violações à lei têm consequências. Lembrou que a esquerda o odiava quando chegou ao posto, nomeado por Michel Temer, e hoje é “alvo” da direita. A seu juízo, suas posições são coerentes com sua “missão”: proteger a instituição que ocupa com “mão de ferro” do que considera uma ameaça existencial declarada pelos “inimigos reacionários”. 

Insistiu na ideia delirante de que os atos de vandalismo de 8 de janeiro poderiam ser parte de uma estratégia ampla para um golpe de Estado que poderia receber o apoio de governadores estaduais e policiais militares de outras regiões. Isso justificaria seu ato antidemocrático de suspender o governador do Distrito Federal na época. “Houve definitivamente um risco” de a democracia acabar no Brasil, garantiu Moraes, “e ainda há”. O ministro ratificou que temia por sua vida e que “o herói do filme tem que continuar” — o herói, evidentemente, sendo ele próprio; o filme, a vida pública brasileira, na qual supostamente ele e seus pares teriam o papel de guerreiros de um honroso exército destinado a defender o país das forças do mal (dentro e fora do Brasil). 

O mosaico se completa, porém, na matéria mais recente da The Economist, The judge who would rule the Internet. O texto começa reconhecendo que apenas no Brasil, onde a Suprema Corte dispõe de tanto poder, um fenômeno como o de Alexandre de Moraes se tornaria possível. Surpreende, no entanto, ao relatar que Moraes considera a si mesmo um “liberal clássico” (minha santa Aquerupita!) que defende “o governo republicano e um papel limitado do Estado na economia”. Conforme a reportagem, mais do que uma questão ideológica, o problema de Moraes com o bolsonarismo seria “pessoal”, o que seria sugerido por uma declaração que o texto lhe atribui: “As pessoas estão começando a perceber que não adianta muito me ameaçar. Elas só vão perder tempo — ou vão para a cadeia”. 

Curiosamente, a reportagem da The Economist adota um tom de muito mais receio do poder que Moraes vem demonstrando; chega a referenciar um intelectual de esquerda não-identificado, que comenta que pessoas com viés autoritário devem ser temidas, ainda que estejam temporariamente atuando contra nossos adversários políticos. “Quando a roda girar”, esse esquerdista, aparentemente tão lúcido quanto possível para um esquerdista, arrematou dizendo, “eu poderia ser mandado para a cadeia”.




Então, caro leitor, não apenas Lula e Xi Jingping, mas, nestes tempos em que se vira tudo ao avesso, Alexandre de Moraes também é campeão do liberalismo contemporâneo. As atitudes repressivas de liberdades individuais e concentradoras de poder que ele vem personificando dentro do Supremo Tribunal Federal contrariam, é evidente, todas as orientações que nos foram legadas por John Locke, Montesquieu, Tocqueville e tantos outros nomes de destaque da tradição clássica do pensamento liberal. O intelectual esquerdista que se manifestou ao final da reportagem da The Economist entendeu o valor da instituição mais importante defendida por esses autores: o Estado de Direito, em que as regras impessoais devem prevalecer sobre a vontade arbitrária de um ou de onze homens. 

No entanto, uma outra verdade transparece das duas matérias que sintetizamos. À revelia do que as simplificações retóricas possam  reverberar, Alexandre de Moraes não é mesmo, pessoalmente, um homem “de esquerda” — apesar de muitos de seus pares no STF serem ligados diretamente ao lulopetismo, que os colocou onde estão. Ele é um homem de uma corporação, como o eram os militares que conduziam as mobilizações intervencionistas do passado imediatamente pós-tenentista do Brasil. As ofensas à corporação são entendidas por ele como atentados à democracia a exigir constante enfrentamento. 

Com isso, juízes se convertem em cruzados de espada em punho e, sob o pretexto de uma interminável necessidade de emergência, deixam de cuidar do único alicerce em que se deveriam apoiar: a Lei.

Lucas Berlanza - Revista Oeste

O perigo da linguagem neutra - Sílvio Navarro

MUNDIALMENTE EXPOSTOS - E nem a GLOBO teve CORAGEM de passar pano - Te Atualizei - Bárbara

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Jornal peruano condena asilo cedido por Lula: 'Corruptos se protegem'

 Ex-primeira-dama do Peru foi sentenciada a 15 anos de prisão


ornal peruano critica Lula | Foto: Trome/Divulgação 

O jornal peruano Trome estampou na capa de sua edição desta quinta-feira, 17, uma crítica ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Indiretamente, a publicação acusou o petista de ser corrupto, além de proteger figuras condenadas por corrupção.

A manchete afirma: “Entre corruptos se protegem”, em letras garrafais. A chamada faz referência à decisão do governo brasileiro de conceder asilo político a Nadine Heredia. Ex-primeira-dama do Peru, ela foi condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, em esquema de corrupção que envolveu a empreiteira Odebrecht.

A publicação classificou como “vergonhosa” a decisão e usou como destaque uma colagem de fotos em que Lula sorri ao lado de Nadine. Segundo o jornal, “Heredia já está no Brasil, usa colar cervical e Ollanta ocupa cela de Fujimori em Barbadillo”, em referência ao expresidente peruano Ollanta Humala, marido de Nadine, também condenado por corrupção. Fundado em 2001, o jornal peruano 

Trome é o diário de língua espanhola mais vendido do mundo, com mais de 700 mil exemplares por dia. A publicação integra o Grupo El Comercio, maior conglomerado de mídia do Peru.


Asilada de Lula foi condenada por corrupção

O Poder Judiciário do Peru condenou Nadine e Humala a 15 anos de reclusão em regime fechado, por lavagem de dinheiro, na última terça-feira, 15. O ex-presidente já se encontra encarcerado. 

Para Nadine, a condenação a 15 anos de prisão foi unânime, e o tempo de cumprimento será reduzido em oito meses e 16 dias. Como não compareceu à audiência, a juíza Nayko Coronado determinou a emissão de um mandado de prisão contra a ex-primeira-dama.

Lula com a então primeira-dama Nadine Heredia e o então presidente peruano Ollanta Humala | Foto: Ricardo Stuckert/Instituto

Durante a leitura da sentença, a juíza afirmou que os réus foram considerados culpados pelo crime de lavagem de dinheiro agravada, relacionada aos recursos ilícitos recebidos pelo Partido Nacionalista para as campanhas presidenciais de 2006 e 2011, com origem na Venezuela e na construtora Odebrecht. 

O tribunal concluiu que em ambas as campanhas houve um modus operandi caracterizado pela ocultação dos recursos ilícitos, com uso de laranjas, movimentações financeiras atípicas e contratos de trabalho simulados.


Revista Oeste

VEXAME MUNDIAL: Lula é chamado de "C0RRUPT0" pela imprensa gringa após dar asilo a 1° dama peruana

Governo Trump afirma que coronavírus surgiu em laboratório da China e acusa Biden de encobrir o caso

Em novo site sobre o tema, a Casa Branca lista série de informações a respeito da covid-19 e tece críticas a medidas como o lockdown


O novo site da Casa Branca substitui o antigo covid.gov, que anteriormente fornecia informações sobre vacinas, testes e tratamentos contra a covid-19 | Foto: Reprodução/Flickr


A Casa Branca lançou, nesta sexta-feira, 18, um site intitulado “As verdadeiras origens da covid-19”. Por meio da página, o governo norte-americano, sob comando do presidente Donald Trump, afirma que o coronavírus escapou de um laboratório de Wuhan, na China. 

�🇨🇳 A Casa Branca criou nesta manhã (18) uma página chamada "As verdadeiras origens da COVID", onde acusa formalmente o regime chinês e autoridades de saúde pública americanas de vazarem o COVID do Instituto de Virologia de Wuhan. O site, que anteriormente se concentrava em promover a vacina contra o COVID para os americanos, agora orienta os leitores através de evidências que apoiam a teoria do vazamento de laboratório, como a CIA informou no início deste ano. Durante o governo Biden, o FBI e o Departamento de Energia também afirmaram que o vírus era o resultado de um vazamento de laboratório. Uma das mais recentes evidências mencionadas na página é o perdão presidencial preventivo de Joe Biden para Anthony Fauci, ex-diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIADI), por "quaisquer ofensas contra" os EUA que ele possa ter cometido A COVID foi uma pesquisa de ganho-de-função do zoólogo britânico Peter Daszak, da ONG EcoHealth, em parceria com o Instituto de Virologia de Wuhan. Chamada de "Projeto Defuse", a pesquisa teve seu financiamento negado em 2014 pela agência americana DARPA porque tipo de pesquisa estava banido nos EUA. No entanto, Fauci, então diretor do NIADI, decidiu financiar o projeto com milhões desde aquele ano. O Instituto de Virologia de Wuhan, que é controlado pelo regime, permitia contornar as preocupações de segurança ligadas ao trabalho de biossegurança de alto nível. Em Wuhan, os cientistas tentaram realizar uma engenharia reversa no coronavírus de alto risco sintetizando proteínas spike com locais de clivagem de furina, a exata característica que levou a COVID-19 a um evento pandêmico. Em outras palavras, transformaram um vírus de morcego patogênico em humanos. Sem a segurança necessária para tal pesquisa, três cientistas do laboratório, Ben Hu, Yu Ping e Yan Zhu foram acidentalmente expostos ao vírus no final de outubro de 2019, segundo um relatório do

Além disso, o site sugere que o governo do ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden trabalhou para encobrir o caso. A mesma acusação se dá contra Anthony Fauci, ex-diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas. + Leia mais notícias do Mundo em Oeste A origem da pandemia de covid-19 já foi alvo de investigações por diversas agências federais, organizações de saúde internacionais e comitês do Congresso dos EUA.




A Agência Central de Inteligência norte-americana chegou a divulgar um relatório no qual sugere que o vírus vazou de algum laboratório. A avaliação está em conformidade com análises anteriores dos departamentos de Energia e Estado dos EUA. 

A nova página da Casa Branca 

O novo site substitui o antigo covid.gov, que fornecia informações sobre vacinas, testes e tratamentos contra a doença. Agora, explora o que os norte-americanos chamam de “teoria do vazamento laboratorial”. 

Durante uma entrevista à emissora Fox News, Marty Makary, comissário da Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA, comentou a mudança da página.


O novo site da Casa Branca afirma que o vírus da covid-19 possui características biológicas não naturais e que, se houvesse evidências de uma origem natural, elas já teriam sido apresentadas | Foto: Reprodução/Freepik

“As pessoas querem alguma conclusão”, disse Makary. “O pesadelo inteiro da covid-19 por mais de três anos foi totalmente evitável.” 

O site também afirma que o vírus possui características biológicas não naturais e que, se houvesse evidências de uma origem natural, elas já teriam sido apresentadas. 

Críticas ao lockdown 

O novo site da Casa Branca destaca falhas na resposta à covid-19, o que inclui lockdown, obrigatoriedade do uso de máscaras. Além disso, a página apresenta questões relacionadas ao financiamento de pesquisas em doenças infecciosas. 

Algumas teorias que o site apresenta são:

  • o vírus possui uma característica biológica que não é encontrada na natureza; 

• os dados mostram que todos os casos da Covid-19 decorrem de uma única introdução em humanos. Isso contrasta com pandemias anteriores nas quais houve múltiplos eventos de contágio;

. Wuhan abriga o principal laboratório de pesquisa sobre os sintomas da Covid-19 da China, que tem um histórico de condução de pesquisas de ganho de função (alteração genética e sobrecarga de organismos) em níveis de biossegurança inadequados; 

. Pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan adoeceram com sintomas semelhantes aos da Covid-19, meses antes de o vírus ser descoberto no mercado de alimentos; e 

. por quase todos os critérios científicos, se houvesse evidências de uma origem natural, elas já teriam surgido.  

Revista Oeste

Sílvio Navarro e 'As confissões de Barroso'

 

Capa da Revista Oeste, edição 265. Ministro Luís Roberto Barroso - Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF 

Ministro aprofunda militância política e ideológica na Corte, faz questão de se manter nas colunas sociais e deixa como marca uma gestão de decisões monocráticas e sem direito à defesa 


Ministro Luís Roberto Barroso  Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

N enhum outro período da história recente do Supremo Tribunal Federal (STF) foi tão vergonhoso para a imagem da Corte como a gestão em curso do ministro Luís Roberto Barroso. Ele permanecerá na cadeira até outubro, um ano antes das eleições. O sucessor será Edson Fachin.

Aos 67 anos, Barroso pode seguir no STF até 2033 — antes dele, vão pendurar a toga Luiz Fux, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, nessa ordem. Até lá, é improvável que mude o comportamento incorrigível de falar demais publicamente, transparecer sua paixão pela cartilha ideológica da esquerda e fazer política dentro do Judiciário. 

Foi na gestão dele que o STF avançou a escalada autoritária de condenações de cidadãos sem prerrogativa de foro — e, portanto, sem direito à ampla defesa — pelo tumulto do 8 de janeiro em Brasília. Meteu-se na pauta do Legislativo em questões como a liberação de drogas, a forma como o Rio de Janeiro deve enfrentar o crime organizado (ADPF nº 635, das Favelas), o meio ambiente, o uso de inteligência artificial. 

E, ainda, a tentativa — cujo desfecho sabe-se lá qual será — de censurar o uso de redes sociais no país, nos moldes de ditaduras nada inspiradoras, como China, Rússia, Coreia do Norte, Venezuela, Paquistão e Irã. 

A soberba e a falta de limites na mais alta instância da Justiça brasileira não se restringem só ao presidente, cuja extravagância particular é descrita nos próximos parágrafos. A atual composição do tribunal tem uma ala midiática. 

O decano Gilmar Mendes e o caçula Flávio Dino se revezam nos estúdios da GloboNews e em entrevistas à imprensa tradicional sobre todos os assuntos — inclusive antecipando votos, o que causa arrepios em círculos de juristas experimentados pelo país.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), contudo, finge que não vê. 

Nesta semana, a imagem maculada da Corte foi parar nas páginas da revista britânica The Economist. Mesmo com viés de esquerda, a publicação se rendeu ao que os Estados Unidos já entenderam: Moraes cruzou todas as linhas. “Há crescentes questionamentos sobre o próprio comportamento do tribunal, a qualidade da justiça que ele oferece e a adequação de suas sanções”, diz a publicação, em  referência ao julgamento que tornou réu o ex-presidente Jair Bolsonaro. 





A revista lembra que o ministro Cristiano Zanin era advogado de Lula até pouco tempo atrás, Flávio Dino foi ministro do petista, e Dias Toffoli destruiu qualquer vestígio da pilhagem do PT descoberta pela Operação Lava Jato. Sobre a corrupção, a publicação relata: “O Supremo Tribunal Federal ganhou influência e prestígio inexoráveis à medida que o Executivo perdeu legitimidade e o Congresso se viu atolado em impasses e escândalos. Desde que decidiu sobre um grande caso de corrupção em 2012 (Mensalão), o tribunal se tornou mais disposto a exercer seus poderes”. 

De fato, o julgamento do Mensalão, ocorrido sete anos depois do estouro do escândalo de compra de votos de deputados pelo governo Lula, foi um marco. À época, o brasileiro passou a acompanhar as sessões de julgamento da Ação Penal nº 470 pela TV — as câmeras haviam sido instaladas dez anos antes, a mando do então ministro Marco Aurélio Mello, mas ninguém dava bola. O julgamento durou 138 dias, divididos em 53 sessões. Uma fatia considerável do país descobriu que os magistrados usavam uma capa preta e, embora falassem em linguagem incompreensível, o que estava em discussão era se roubar dinheiro do pagador de impostos era permitido ou não. O STF escancarou a corrupção do PT instalada nas engrenagens do poder


A revista The Economist critica o comportamento do STF, destacando a crescente dúvida sobre sua imparcialidade e a qualidade da justiça, especialmente no caso de Jair Bolsonaro - Foto: Igor Villas Bôas/Revista Oeste 

Agora, Barroso acumula o posto de presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e se vangloria de ter acelerado a fila de processos. Um detalhe, contudo, assusta quem se apresenta como escudeiro da democracia: das 106 mil decisões tomadas pelo STF no ano passado, só 20% foram colegiadas. Ou seja, 80% do que aconteceu no tribunal partiu da caneta de um único magistrado. Pior: desse montante de decisões monocráticas, 70% não tiveram possibilidade de recurso..

No final do ano passado, o ministro fez questão de preparar um vídeo de três minutos para mostrar as “realizações” de sua condução. Em outubro, o site do STF publicou extensas reportagens sobre seus feitos. Uma delas foi intitulada “Aproximação com a sociedade marca primeiro ano da gestão do ministro Barroso”. Dizia o texto: “Na presidência da Corte, o ministro tem intensificado a interação entre o  Judiciário e a população e implementado medidas para incrementar a eficiência na gestão”.


Barroso, ao acumular a presidência do CNJ, acelera processos, mas 80% das decisões no STF no ano passado foram monocráticas, e 70% sem possibilidade de recurso - Foto: RS/Fotos Públicas

Ao listar o que considera grandes avanços, o texto entra de cabeça na agenda woke — ou progressista e seus demais sinônimos. Agora, a Corte tem um programa chamado “STF + Sustentável” para preservar o meio ambiente. Por exemplo: a proibição do uso de garrafas plásticas de refrigerantes ou sucos, o plantio de 5 mil árvores nos arredores do prédio do Supremo e a adoção de energia solar. Além disso, a frota de carros que transportam os ministros em Brasília só pode ser abastecida com etanol. 

Barroso criou uma “Ouvidoria da Mulher”, dedicada a denúncias sobre igualdade de gênero e participação feminina. E enviou integrantes do STF e do CNJ para sobrevoar terras e se reunir com indígenas no Pará. 

Em relação ao uso de drogas, foi estipulada uma quantidade de maconha para “uso pessoal” de até 40 gramas — não é mais crime, e o porte é considerado uma infração administrativa. O placar apertado 18/04/2025, 10:28 As confissões de Barroso - Revista Oeste https://revistaoeste.com/revista/edicao-265/as-confissoes-de-barroso/ 6/17 foi de 6 a 5, com o voto de Barroso a favor da descriminalização. Especialistas criticaram a fórmula adotada pela Corte para chegar ao montante de droga que pode ser transportado. Por exemplo, se um cigarro de maconha pesar 0,3 grama, é possível carregar 120 cigarros, o que facilmente pode caracterizar um traficante que vai para a porta de uma escola vendê-los. Porém, como a quantidade agora é legalizada, ele não seria preso numa abordagem policial.


O STF descriminalizou o porte de até 40 gramas de maconha para uso pessoal, mas especialistas criticam a quantidade, que pode incentivar o tráfico - Foto: Carlos Humberto/SCO/STF 

Outra reportagem da série para mostrar como Barroso é fantástico lembra que ele está rodando o mundo dando palestras e participando de eventos. “Durante o primeiro ano de gestão, o presidente do STF também esteve em algumas das mais prestigiadas universidades do mundo”, diz o texto. Em apenas um ano, Barroso esteve nos Estados Unidos mais de uma vez, inclusive em fóruns da Organização das Nações Unidas (ONU), na Espanha, China, Alemanha, Inglaterra, Suíça, Costa Rica e nos Emirados Árabes. Todo esse tour pelo planeta pode ser acompanhado pelo site do STF.

Cabe um questionamento mínimo sobre a produtividade do seu trabalho: como ele consegue conciliar uma agenda tão intensa fora do país com a condução de julgamentos urgentes, como os dos presos políticos pelo 8 de janeiro? Ou ainda: por que Barroso precisa ir a Dubai para ser a estrela de um painel internacional batizado “Mudança do Clima e Juízes: Perspectivas Judiciais sobre a Litigância Climática”, sobre o papel do Judiciário na defesa da Amazônia? Por fim: qual é a necessidade, para o STF, de bancar uma viagem à China para falar sobre o uso de inteligência artificial e o sistema judicial de uma ditadura? 

Ele falou sobre o excesso de viagens em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. “Quanto aos eventos, eu acho uma falta de compreensão, que tem sido muito explorada recentemente […] Os ministros não podem viver encastelados no mundo próprio; a gente conversa com a sociedade […] Quando nós conversamos com empresários, há sempre uma repercussão negativa, como se tivesse algo impróprio”, disse. 

Em fevereiro, o ministro inovou: deixou a toga em Brasília para dar uma palestra motivacional para crianças, em Campinas (SP), como ele mesmo classificou e postou em suas redes sociais.


Luís Roberto Barroso - Nesta semana estive em Campinas, onde fiz uma palestra motivacional para estudantes de ensino médio. Falei sobre integridade, atitudes, valores, e sobre como os jovens precisam se preparar para o futuro. Íntegra aqui: youtube.com/watch? v=j6M6WA… 


Pavoneio Dois aspectos são marcantes na passagem de Barroso pelo comando do tribunal, além da frequência com que concede palestras. O primeiro são as entrevistas e os discursos políticos (leia abaixo) sobre qualquer assunto. O outro é o gosto pelas colunas sociais. O presidente do STF gosta de cantar em eventos, como rodas de samba em bares, bebendo com estudantes ou no casamento do colega Flávio Dino. Também frequenta camarotes e arrisca passos de samba na Marquês de Sapucaí (veja os vídeos).



A postura nada discreta para o cargo que ocupa, contudo, não causa tanto estrago quanto as falas sobre política — que deveriam passar longe do chefe do Judiciário brasileiro, conforme o artigo 2 da Constituição, sobre a independência dos Três Poderes da República. 


Barroso parece não ter se abalado com a repercussão negativa do “perdeu, mané” nem do “nós derrotamos o bolsonarismo”, esta última frase dita ao microfone numa assembleia da União Nacional dos Estudantes (UNE), com militantes do PCdoB. Até hoje ele não explicou o uso do pronome, se ajudou ou se sentiu vitorioso ao lado de Lula. Na época, a oposição apresentou um pedido de impeachment ao Senado, por ele ter participado de um evento político-partidário, mas o então presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, engavetou.






Como o Senado não impõe freios ao ativismo político, o ministro segue falando o que quer. No último fim de semana, ele disse que o Supremo “chamou para si a missão de enfrentar o populismo autoritário e o extremismo”. Outra vez, discursava em videoconferência para um evento de universidades nos Estados Unidos. Trata-se de uma afirmação notoriamente política, endereçada à direita. Contudo, não há uma linha na Constituição de 1988 que conceda à Corte o papel de “contenção” ou mediação no embate político do país. Pelo contrário, o distanciamento é necessário, já que políticos com mandatos, por exemplo, só podem ser julgados pelos magistrados. 

A cada confissão, fica mais claro que Barroso tem lado. 

*** A libertação de Chiquinho Brazão Poucas decisões do Supremo Tribunal Federal são mais explícitas de que a régua para condenar, prender ou soltar não é a mesma para a direita e a esquerda quanto a libertação do deputado Chiquinho Brazão. 

Ele estava preso em Campo Grande (MS) porque responde pela acusação de mandar matar a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, em 2018. A decisão foi do ministro Alexandre de Moraes.




A libertação de Chiquinho Brazão pelo STF destaca a desigualdade no tratamento de casos, com a esquerda silenciando após a revelação de que o mandante não era ligado a Bolsonaro | Foto: Divulgação/Alerj






A libertação de Chiquinho Brazão pelo STF destaca a desigualdade no tratamento de casos, com a esquerda silenciando após a revelação de que o mandante não era ligado a Bolsonaro | Foto: Divulgação/Alerj


Até agora, não houve manifestações de repúdio dos partidos de esquerda ou de grupos feministas. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, não se pronunciou. E não foi só dessa vez que houve silêncio. O caso do deputado foi “esquecido” pela esquerda desde o encerramento das investigações, porque, depois de cinco anos, o mandante do assassinato não era quem a militância queria: alguém ligado ao presidente Jair Bolsonaro. 

Ao libertar Brazão, Moraes acatou o pedido dos advogados em decorrência da alegação de que o deputado tem problema grave de saúde — ele teve episódios de angina. O laudo médico cita “alta possibilidade de sofrer mal súbito”. É exatamente o mesmo caso de Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, que morreu em novembro de 2023 no pátio do presídio da Papuda, no Distrito Federal. Ele aguardava julgamento por ter participado do tumulto do 8 de janeiro.

Até agora, não houve manifestações de repúdio dos partidos de esquerda ou de grupos feministas. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, não se pronunciou. E não foi só dessa vez que houve silêncio. O caso do deputado foi “esquecido” pela esquerda desde o encerramento das investigações, porque, depois de cinco anos, o mandante do assassinato não era quem a militância queria: alguém ligado ao presidente Jair Bolsonaro. 

Ao libertar Brazão, Moraes acatou o pedido dos advogados em decorrência da alegação de que o deputado tem problema grave de saúde — ele teve episódios de angina. O laudo médico cita “alta possibilidade de sofrer mal súbito”. 

É exatamente o mesmo caso de Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, que morreu em novembro de 2023 no pátio do presídio da Papuda, no Distrito Federal. Ele aguardava julgamento por ter participado do tumulto do 8 de janeiro. 

Dois meses antes da morte de Cleriston da Cunha, o Ministério Público havia concordado com o argumento da defesa de que era preciso transformar sua prisão em domiciliar para que ele fosse acompanhado por médicos. Alexandre de Moraes, contudo, não analisou o pedido. Brazão teve a sorte que Clezão não teve.

Sílvio Navarro - Revista Oeste




Silvio Navarro - Revista Oeste