quinta-feira, 17 de abril de 2025

Brasil ocupa última posição em ranking de competitividade industrial, diz CNI

 O levantamento destaca desafios no ambiente econômico e na educação


Levantamento atribuiu notas de zero a dez aos países | Foto: Reprodução/Pixabay


A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, nesta quartafeira, 16, um estudo em que o Brasil aparece na última posição em um ranking de competitividade industrial entre 18 países. Intitulado Competitividade Brasil — 2023/2024, o relatório compara o Brasil a nações com desenvolvimento e mercados semelhantes. 

O material destaca a fraca colocação em ambiente econômico, educação e desenvolvimento humano. 

O estudo atribuiu notas de zero a dez aos países, baseando-se em fatores como ambiente de negócios, econômico e integração internacional. O Brasil obteve uma média de 3,6, superado por países como Peru, Colômbia e Argentina. 

A alta taxa básica de juros do Brasil (Selic), de 14,25% ao ano, e as falhas no sistema educacional foram identificadas como obstáculos significativos à competitividade e à inovação do país. 

Estudo considera economias e mercados semelhantes aos do Brasil 

Desde 2010, a CNI publica esse ranking, que nesta edição passou a considerar economias com produções e mercados de importação e exportação semelhantes aos do Brasil. O relatório abrange oito fatores principais e mais de 20 subfatores, oferecendo uma análise detalhada dos desafios e das oportunidades para a indústria brasileira. 


Exemplo de linha de produção em uma indústria | Foto: Divulgação/IBGE

Entre os fatores, está o de baixo carbono e recursos naturais, em que o Brasil obteve o segundo lugar em descarbonização. A índice se deu devido ao uso de energia renovável e baixa intensidade de emissões de gases do efeito estufa. 

Apesar desse bom desempenho, o levantamento aponta a necessidade de melhora em eficiência energética e economia circular, nas 12ª e 17ª posições, respectivamente. 

Desempenho econômico e educacional Em termos de ambiente econômico, o Brasil ficou em 18º, com um sistema tributário classificado como o 17º pior. A complexidade fiscal e a alíquota sobre a renda corporativa também foram destacadas negativamente. 

No setor educacional, o país figura em 16º no ensino básico e 17º no profissionalizante e superior, segundo dados do Pisa e o investimento governamental. 

 desempenho em desenvolvimento humano e trabalho foi igualmente fraco, com o segundo pior lugar do Brasil em  diversidade, equidade e inclusão, ocupando as 16ª e 18ª posições em desigualdade de gênero e renda. No entanto, o país teve uma boa colocação em segurança pública e defesa do Estado, ao ficar em segundo lugar, influenciado pelo impacto econômico da violência per capita.

Revista Oeste