quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Moro rebate Toffoli, ex-advogado do covil do Lula: “decisões da Lava Jato foram confirmadas pelos Tribunais Superiores”

 

O ex-juiz da Lava Jato e atual senador, Sergio Moro (União-PR)| Foto: Agência Brasil


O ex-juiz da Lava Jato e atual senador, Sergio Moro (União-PR), rompeu o silêncio e resolveu comentar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que anulou todas as provas contra Lula provenientes do acordo de leniência da construtora Odebrecht.

Pelas redes sociais, Moro disse que “a corrupção nos governos do PT foi real” e que “criminosos confessaram e mais de seis bilhões de reais foram recuperados para a Petrobras”.

“Esse foi o trabalho da Lava Jato, dentro da lei, com as decisões confirmadas durante anos pelos Tribunais Superiores. Os brasileiros viram, apoiaram e conhecem a verdade. Respeitamos as instituições e toda a nossa ação foi legal. Lutaremos, no Senado, pelo direito à verdade, pela integridade e pela democracia. Sempre”, escreveu Moro na rede social X.

Mais cedo, ao conversar com a Gazeta do Povo, a assessoria de comunicação do senador disse que, por hora, o parlamentar não iria se manifestar.

Como noticiado pela Gazeta, a decisão monocrática de Toffoli atinge todos os processos que utilizaram provas obtidas nos sistemas da Odebrecht, que foram consideradas contaminados e já vinham afetando outras investigações que correm na Suprema Corte.

A decisão decorre da investigação da Operação Spoofing, que descobriu uma organização que invadiu contas de Telegram de autoridades brasileiras e de pessoas relacionadas à Operação Lava Jato.

De acordo com o ministro, os integrantes da Operação “desrespeitaram o devido processo legal, descumpriram decisões judiciais superiores, subverteram provas, agiram com parcialidade e fora de sua esfera de competência”.

Além de anular as provas, Toffoli também determinou a apuração de responsabilidade dos ex-integrantes da Lava Jato para eventual punição, o que inclui o ex-procurador e ex-deputado, Deltan Dallagnol, e o ex-juiz, Sergio Moro.


Diógenes Freire Feitosa, Gazeta do Povo