sábado, 23 de outubro de 2021

“Pra que médicos? A realidade apocalíptica da Medicina brasileira”, por Glória Maria Andrade - Médica

 

A que ponto chegamos, no Brasil!!!

Nossa dignidade vilipendiada, nossa honra colocada em dúvidas, nossa Profissão (a mais antiga da Humanidade) julgada por ineptos e ignorantes!

Se não bastasse toda essa interferência indevida no Ato Médico, ainda atacam nosso órgão máximo na pessoa do Presidente do CFM.

A escória da sociedade brasileira se acha no direito de nos questionar, de nos interrogar e de nos julgar.

Inversão total de valores. Indivíduos corruptos e ladrões assumidos advogam em causa própria e, cinicamente invadem o templo sagrado da Medicina! Postados como juízes sem consciência e sem pudor interrogam médicos e médicas usando as mesmas técnicas dos inquisidores: tornar culpado um inocente para lhe roubar a liberdade e a vida.

Pedem constatação científica de algo que nem conhecem. Ou melhor, nem sabem o que é constatação científica.

Essas criaturas que rastejam na lama da desonestidade e da ignorância exalam o mau cheiro da putrefação.

É bem verdade que uns poucos “médicos” se aliaram a esse grupo. Mas, em todas as profissões, convivemos com os que nunca exerceram a Medicina por vocação e sim por conveniência e por oportunismo.

Enquanto isso, Ministros guardam saudosas “lembranças” do curandeiro João de Deus!

Onde está a comprovação científica da “medicina” de um curandeiro pedófilo e estuprador?! A ponto de ser registrada em foto que recentemente rodou nas redes sociais!

É ou não é uma realidade apocalíptica?!

Portanto, senhores “juristas” e “políticos” desajustados se recolham às suas realidades mesquinhas e vazias e deixem a nós médicos a liberdade que nos é dada por Deus de exercermos a Medicina que não é para todos e sim, para os escolhidos.

Enquanto se preocupam em atirar pedras nos médicos e estes procuram se defender, há muitos enfermos do corpo e da alma que necessitam dos discípulos de Hipócrates.

A Medicina não é para amadores, nem os médicos e médicas se prestam para conviver com essa ideologia espúria dos nossos perseguidores!

Conhecemos bem o remédio e o veneno. Sabemos bem como usar um e nos livrarmos do outro. Nossos antídotos contra esses venenos são nosso trabalho e nossa consciência.

E se alguma frustração existe nesses que nos atacam, quero lhes refrescar a memória: duas vezes por ano temos vestibulares nas inúmeras escolas de medicina do País. Tenham coragem, estudem e enfrentem um Curso de Medicina. Depois... podemos conversar de igual para igual.

Glória Maria Andrade. Médica. CRM/DF 847

Jornal da Cidade