segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Perdas do setor aéreo na pandemia devem ser de US$ 200 bilhões

 Mesmo com a retomada parcial das atividades, prejuízo líquido das companhias aéreas deve ultrapassar US$ 50 bilhões em 2021


Avião decolando
Avião decolando | Foto: Divulgação/Pixabay

Uma estimativa divulgada pela Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês) projeta um prejuízo total para o setor aéreo durante a pandemia de covid-19 acumulado em cerca de US$ 200 bilhões em todo o mundo.

Mesmo com a retomada parcial das atividades, o prejuízo líquido das companhias aéreas deve ultrapassar os US$ 50 bilhões em 2021. Em abril, a projeção da entidade era um rombo de US$ 47 bilhões. Em três anos, a projeção é de perdas de até US$ 200 bilhões em nível global.

Em 2020, primeiro ano da pandemia, o setor acumulou um prejuízo de quase US$ 140 bilhões. Em 2022, segundo a Iata, as perdas serão bem menores, mas ainda expressivas: quase US$ 12 bilhões.

“A magnitude da crise da covid-19 para o setor de aviação é enorme. Já passamos do ponto mais profundo da crise. Embora problemas sérios permaneçam, o caminho para a recuperação está aparecendo”, avalia o diretor-geral da Iata, Willie Walsh

Neste ano, a demanda do setor deve ficar em 40% dos níveis atingidos em 2019, antes do início da pandemia, e chegar a até 60% em 2022. O número total de passageiros em 2021 deve superar os 2 bilhões, alcançando até 3,5 bilhões no ano que vem (ainda abaixo dos 4,5 bilhões de 2019).

“A retomada não será consistente no mundo. Será mais rentável na América do Norte, por exemplo, mas o ritmo dessa recuperação continua sendo ditado pelos governos, e não pelos vírus”, completou Walsh.

Fábio Matos, Revista Oeste