sábado, 23 de outubro de 2021

‘As pessoas têm o direito de se manifestar contra esse passaporte nazifascista’, afirma vereadora Fernanda Barth, de Porto Alegre

 

A vereadora de Porto Alegre Fernanda Barth (PRTB) participou de <i>Os Pingos nos Is</i>
A vereadora de Porto Alegre Fernanda Barth (PRTB) participou de Os Pingos nos Is | Foto: Reprodução/YouTube

Em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan, nesta sexta-feira, 22, a vereadora Fernanda Barth (PRTB) defendeu as manifestações contra o passaporte sanitário e demais restrições impostas por prefeitos e governadores durante a pandemia de covid-19. A parlamentar falou sobre as cenas de violência registradas na quarta-feira 20 na Câmara Municipal de Porto Alegre, quando manifestantes foram agredidos por vereadores e assessores parlamentares.

Segundo Fernanda, uma das manifestantes contrárias ao passaporte sanitário levou um cartaz que exibia uma suástica — era uma crítica à medida, comparada com um ato nazista. Vereadores de partidos de esquerda, no entanto, difundiram a versão de que o cartaz era, na verdade, apologia ao nazismo.

“As pessoas têm o direito de se manifestar contra esse passaporte nazifascista que nos tira direitos e nos segrega como sociedade. A gente sabe a aberração que isso é”, disse a vereadora. “Uma manifestante entrou com um cartaz em que havia uma suástica, comparando o passaporte sanitário a uma medida nazista. Aconteceu a confusão toda porque o cartaz foi julgado como apologia ao nazismo. No momento em que apontaram que havia um cartaz com uma suástica dentro da Câmara dos Vereadores, a esquerda ultrarradical que estava ali achava que tinha legitimidade para invadir as galerias, que são um lugar sagrado do povo”, relatou Fernanda.

A vereadora classificou as cenas de violência como “selvageria” e prometeu entrar com diversas ações criminais contra os agressores do grupo que protestava. “Eu nunca tinha visto isso antes: vereadores invadindo o espaço do povo para agredir manifestantes pacíficos”, lamentou. “Denunciação mentirosa de apologia ao nazismo é crime. Isso não ficará impune.”

Para Fernanda Barth, a reação ao protesto “é uma tentativa de criminalizar quem quer se manifestar contra o passaporte sanitário, transformando manifestantes pacíficos em nazistas, fascistas e racistas”. 

A Câmara Municipal de Porto Alegre discutia o veto da prefeitura da capital gaúcha à exigência do passaporte sanitário para a entrada das pessoas em diversos estabelecimentos. A sessão foi interrompida depois da confusão.


Fábio Matos, Revista Oeste