quarta-feira, 28 de julho de 2021

Justiça de São Paulo determina prisão de terrorista que incendiou estátua de Borba Gato

Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Galo, se apresentou à polícia e confessou ter praticado o ato de vandalismo


Estátua de Borba Gato foi incendiada por vândalos em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, no sábado 24
Estátua de Borba Gato foi incendiada por vândalos em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, no sábado 24 | Foto: Gabriel Schlickmann/Ishoot/Estadão Conteúdo

A Justiça de São Paulo determinou nesta quarta-feira, 28, a prisão do terrorista Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Galo, que incendiou a estátua de Borba Gato, em Santo Amaro, na zona sul da capital, no sábado 24. A prisão foi anunciada pouco depois de o homem ter se apresentado à polícia.

A esposa de Paulo, Gessica de Paula da Silva Barbosa, também teve a prisão temporária decretada. Os policiais ainda cumpriram mandados de busca e apreensão na residência do casal.

“Para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democráticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres”, afirmou Paulo, que confessou ter praticado o ato de vandalismo.

Os bandeirantes – como Raposo Tavares, Fernão Dias, Cardoso de Almeida, Anhanguera e outros vários nomes que batizam ruas e rodovias paulistas – foram responsáveis por desbravar o interior do Estado e são acusados de escravizar povos indígenas durante essas incursões.

No domingo 25, como Oeste informou, a Justiça concedeu liberdade provisória a outro homem envolvido no incêndio. Ele responde pelo crime de associação criminosa e por causar incêndio, expondo a perigo o patrimônio de outra pessoa. Após o crime, ele dirigia um caminhão que foi identificado e apreendido pela polícia. O suspeito também é acusado de ter adulterado a placa do veículo.

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Fábio Mayos, Revista Oeste