quinta-feira, 13 de maio de 2021

Paulo Eduardo Martins assume presidência da comissão da PEC do voto impresso

 



A comissão especial da Câmara destinada a discutir a PEC (proposta de emenda à Constituição) do voto impresso elegeu seu presidente na tarde desta 5ª feira. Será Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), que já foi relator da medida no CCJ.

Paulo Eduardo Martins é conhecido por ser bom articulador, e principalmente por ter sido o deputado que acabou com o Imposto Sindical durante a reforma trabalhista.

Relator da MP 871, medida responsável por boa parte do impacto financeiro da Reforma da Previdência, Paulo Martins é chamado quando é necessário aprovar medidas consideradas ‘difíceis’ de serem aprovadas e que necessitam de grande trabalho de articulação.

A deputada Bia Kicis (PSL-DF) é autora da PEC que será analisada pela comissão.

O presidente Jair Bolsonaro já deu declarações em diversos momentos colocando em dúvida, sem apresentar prova alguma, o sistema de urnas eletrônicas pelo qual são realizadas as eleições no Brasil.

Bolsonaro já chegou a dizer que “Se não tiver voto impresso, é sinal que não vai ter eleição! Acho que o recado está dado”. Os apoiadores do projeto costumam referir-se a ele como “voto auditável”, apesar de a Justiça Eleitoral argumentar que as urnas eletrônicas são auditáveis.

“É um tema que diz respeito à legitimidade do mandatário”, disse Martins logo depois de eleito. “É preciso que o brasileiro, o mais simples que for, tenha confiança em seu processo eleitoral. A desconfiança no processo eleitoral já resultou em uma revolução em 1930. Ninguém quer isso”, declarou o presidente eleito da Comissão.

Ele refere-se ao movimento que levou Getúlio Vargas ao poder. A Aliança Liberal, que apoiava Getúlio, não aceitou a vitória do paulista Júlio Prestes e tomou o poder antes de Prestes assumir, mobilizando forças militares e de segurança de alguns estados, principalmente do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais.

República de Curitiba