segunda-feira, 31 de maio de 2021

EUA: reguladores sinalizam papel maior no mercado de criptomoedas

 

Reguladores americanos: busca por mais controle do mercado de criptomoedas
Reguladores americanos: busca por mais controle do mercado de criptomoedas | Foto: Divulgação/Unsplash

As autoridades financeiras dos Estados Unidos estão se preparando para ter um papel mais ativo na regulamentação do mercado de criptomoedas, ao mesmo tempo em que cresce a preocupação de que a falta de supervisão adequada possa prejudicar poupadores e investidores, noticiou o jornal Financial Times.

Em uma entrevista, Michael Hsu, do Departamento do Tesouro, e que assumiu, este mês, como Controlador da Moeda, disse ao jornal esperar que as autoridades americanas estabeleçam um “perímetro regulatório” para as criptomoedas. “Conversando com colegas, percebi o interesse em coordenar mais destas coisas”, disse.

Um sinal da nova abordagem foi a primeira reunião, este mês, de uma equipe de cripto “sprint”, envolvendo funcionários dos três principais reguladores bancários federais: o Office of the Comptroller of the Currency (Gabinete do Controlador da Moeda, OCC, na sigla em inglês), de Hsu, o Federal Reserve (banco central americano) e a Federal Deposit Insurance Corporation. O objetivo é o de “listar ideias para serem analisadas pelas agências”, afirmou.

A Securities and Exchange Commission (SEC) e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) também discutiram como proteger os investidores no criptomercado.

O presidente da SEC, Gary Gensler, disse a uma comissão da Câmara dos Deputados dos EUA, na semana passada, que existem “lacunas em nosso sistema atual”, apontando uma potencial necessidade de legislação para especificar qual órgão regulador deve supervisionar os negócios envolvendo criptomoedas.

Janet Yellen, a secretária do Tesouro, disse que teme que o bitcoin seja usado “frequentemente para finanças ilícitas”. Gensler afirmou que o Departamento do Tesouro tem se concentrado no “combate à lavagem de dinheiro e proteção contra atividades ilícitas” no criptomercado. Ele colocou que seu objetivo era trazer “proteções similares para as Bolsas onde você negocia criptoativos como as que você esperaria na Bolsa de Valores de Nova York ou Nasdaq”.

Raquel HoshinoRevista Oeste