sábado, 15 de maio de 2021

"A maconha não é uma droga leve como falam", analisa dr. Osmar Terra

 


O médico e deputado federal Osmar Terra, durante o Boletim da Noite de quinta-feira (13), analisou o atual mito sobre a liberação da maconha. Segundo o médico, a maconha não é uma droga leve como falam.

“Se já é difícil controlar proibindo, imaginem permitindo o plantio, alegando que regularão depois… é conto da ‘carochinha’, não regularão nada, inclusive fortalecerá o tráfico de drogas, e também de algumas empresas que querem se firmar no Brasil plantando em grande escala, eles não têm espaços em outros lugares e querem o Brasil. Nosso agronegócio se transformará em um ‘narcoagro’ caso nós permitamos caminhar nessa direção”, declarou o parlamentar.

Osmar Terra também apontou que vivemos atualmente “diante de um poderoso movimento, um lobby internacional que tem alguns expoentes, organizações internacionais que trabalham pela liberação das drogas no Brasil e no mundo. Eles conseguiram alguns resultados no Canadá, em alguns estados americanos, no Uruguai o presidente Mujica se encarregou de fazer a liberação da maconha. E agora estão tentando transformar o Brasil em um grande produtor”, apontou o deputado federal.

E completou: “na verdade, o que nós estamos vivendo agora é só mais um capítulo, nós estamos há mais de uma década enfrentando esse grande lobby, com a Open Society Foundations, um grande lobby que envolve várias ONGs brasileiras, que são sustentadas pela Open Society Foundations, recebendo um recurso importante, todas aparentemente sem conexão entre elas, mas todas defendendo a liberação das drogas”, concluiu.

 O médico também apontou que o discurso atual dos que defendem a droga é o da maconha medicinal, também conhecida e chamada pelo nome científico “cannabis”.

“Agora eles investiram nesse lobby da maconha medicinal”, pontuou o médico, mas “não existe maconha ou cannabis medicinal, existe uma molécula dentro da maconha, da planta. Entre 480 moléculas, uma delas pode ter um efeito benéfico para essas crianças, que, aliás, é uma das poucas moléculas da maconha que não causa dano cerebral, todas as outras causam”.

“Quando se pensa em dar a maconha como remédio, se está fazendo um dano enorme para a pessoa. Pode estar beneficiando temporariamente a pessoa em um aspecto, mas a maconha é a droga que mais tem receptores dentro do cérebro, a que mais atua dentro do cérebro“, informou o médico Osmar Terra. “A maconha entra causando dano em todas as áreas do cérebro a médio e longo prazo, causa retardo mental, desencadeia psicose, esquizofrenia, abre as portas para outras drogas. Segundo estudos, 83% das pessoas que usam crack, cocaína e heroína começaram pela maconha”, concluiu.

“Esse movimento começou como uma comissão especial para tratar das crianças que precisam do canabidiol, não da maconha. O relatório lido esta semana trata, na verdade, do marco legal da maconha, e o tratamento médico das crianças é uma parte pequena do projeto, que virou um projeto para permissão do plantio industrial, de grande escala”, finalizou Osmar Terra. 



Brehnno Galgane, Terça Livre