Uma nova forma de governar o país será testada quando o presidente eleito Jair Bolsonaro tomar posse em 1º de janeiro do próximo ano. É isso o que está em construção desde agora.
Se antes os presidentes negociavam com os partidos a escalação dos seus ministros em troca de apoio no Congresso, agora é o presidente que os escolhe e, por tabela, quem com ele governará.
Os partidos perderam força. Quem ganhou foram as bancadas suprapartidárias organizadas em torno de temas – a da bala, a dos ruralistas, a dos evangélicos, a dos empresários, e assim por diante.
Os representantes das bancadas dentro do governo serão os ministros – não mais os presidentes ou líderes dos partidos na Câmara dos Deputados e no Senado. Os líderes do governo no Congresso terão mais um papel formal.
Um governo com menos ministros e com dois deles – o economista Paulo Guedes e o juiz Sérgio Moro – como superministros libera o presidente da obrigação de se envolver com muitos assuntos, inclusive com os menores.
No caso de Bolsonaro, ele se ocupará das relações com os demais poderes, das tarefas de representação do país e do ativismo político, o seu forte. Dele dependerá, é claro, a palavra final na hora de tomar decisões importantes.
O principal segredo para que a fórmula dê certo será a montagem de uma equipe de governo que aponte para uma mesma direção. A direita ganhou a eleição e é ela que governará o país pelo menos até 2022.
Com Blog do Noblat, Veja