Outro papel importante será na reestruturação das finanças de estados e municípios. Com a maioria parte dos entes regionais em crise, governadores eleitos já sinalizaram que precisam de ajuda para colocar as contas em ordem. O governo federal não tem espaço fiscal para ajudar diretamente os estados, mas o BNDES poderia ajudar na captação de recursos por estados que se disponham, por exemplo, a também vender ativos.
Como o BNDES mudou de linha de atuação ao longo do governo Temer, reduzindo seu orçamento e passando a priorizar a devolução de recursos ao Tesouro, o novo presidente também terá que priorizar setores na hora de conceder empréstimos. O caixa é limitado. Neste caso, o foco será logística e infraestrutura e também inovação e novas tecnologias. O banco de desenvolvimento deve atuar com foco em áreas estratégicas, mas para as quais não há grande demanda no mercado de capitais, seja pelo prazo ou pelas características.