segunda-feira, 15 de junho de 2020

PF prende ativista Sara Winter

O mandado de prisão foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes
pf
A ativista pró-vida Sara Winter | Foto: REPRODUÇÃO/TWITTER
A ativista que lidera o movimento 300 do Brasil, Sara Winter, foi presa pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira, 15, em Brasília.
Há duas semanas, ela foi alvo de uma operação da PF que investiga supostas fake news contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
O pedido de prisão foi feito pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jaquese, e acatado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
Cinco outras pessoas ligadas ao movimento também são alvo do mandado de prisão. Agentes da PF estão na rua.
De acordo com a Justiça, Winter foi presa por desacatar a autoridade e infringir a lei de Segurança Nacional.
Contudo, a prisão ocorre dentro do inquérito que investiga os movimentos que seriam antidemocráticos.
Portanto, não tem relação com o inquérito das fake news.
Assim sendo, a ativista encontra-se na Superintendência Regional da Polícia Federal de Brasília.

O inquérito

A pedido do Ministério Público Federal (MPF), o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão temporária, por cinco dias, de seis pessoas identificadas como líderes do acampamento 300 do Brasil, em Brasília.
Os mandados de prisão foram cumpridos no âmbito do inquérito 4.828, aberto em abril a pedido da PGR. Em síntese, para apurar a organização de supostos atos antidemocráticos.
Os pedidos de prisão foram apresentados na sexta-feira, 12, a partir de indícios obtidos pelo MPF de que o grupo estaria captando recursos financeiros para ações que se enquadram na Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/1983).
O objetivo das prisões temporárias é ouvir os investigados e reunir informações de como funciona o esquema criminoso.

300 do Brasil

Conforme noticiou Oeste nesse fim de semana, uma operação do governo do Distrito Federal desmontou o acampamento 300 do Brasil.
O grupo é composto de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. O objetivo é protestar contra ministros do STF e parlamentares do Congresso Nacional.
Na ocasião, a líder do movimento, Sara Winter, protestou no Twitter contra a decisão do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB-DF).
“Hoje, às 6 [horas] da manhã, a PMDF, junto à Secretaria de Segurança desmantelou baixo [sic] gás de pimenta e agressões. Barracas, geradores, tendas, tudo tomado à força! A militância bolsonarista foi destruída hoje. Presidente, reaja!”
As 6 da manhã a @pmdfoficial junto à Secretaria de Segurança desmantelou baixo gás de pimenta e agressões.
Barracas, geradores, tendas, TUDO TOMADO à força!
A Militância bolsonarista foi destruída HOJE.
PRESIDENTE, REAJA!!!
10,2 mil pessoas estão falando sobre isso

Histórico

Sara Giromini, 27 anos, é ativista pró-vida e milita em movimentos pró-governo Bolsonaro. Trabalhou por pouco tempo no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Além disso, no passado, integrou o movimento feminista de extrema esquerda Femen.



 e Wilson Lima, Revista Oeste