Agentes investigam supostas irregularidades em contrato sem licitação no valor de R$ 7 milhões; dinheiro era para a luta contra a covid-19
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta segunda-feira, 15, a Operação EXAM, que apura supostos desvios na saúde de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Participam agentes da PF, do Ministério Público Federal e da Controladoria-Geral da União.
Em síntese, as irregularidades teriam causado um prejuízo de mais de R$ 7 milhões aos cofres públicos. A verba havia sido destinada às políticas de combate à pandemia de coronavírus, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. Mas foram encontrados indícios de desvio.
Os agentes apuram negociatas em contratos sem licitação. Além disso, a Justiça cumpre 28 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Cabo Frio, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Miracema e na capital do Estado do Rio; e Serra, no Espírito Santo/ES.
São alvo 28 pessoas: 14 pessoas físicas, 11 empresas e 3 órgãos públicos.
Outra operação no Rio de Janeiro
Em 26 de maio, no âmbito da Operação Placebo, a Polícia Federal (PF) foi ao Palácio das Laranjeiras, onde mora o governador Wilson Witzel (PSC). Aproximadamente 60 agentes participaram da ação que investigou supostos desvios na saúde do Rio.
Conforme noticiou Oeste, há indícios de que governadores embolsaram o dinheiro voltado às políticas de enfrentamento ao coronavírus. Entre os casos apresentados pela reportagem, está a compra de respiradores acima do preço pela Secretaria estadual de Saúde do Rio.
Cristyan Costa, Revista Oeste