Wilson Ferreira Jr. segue como presidente da Eletrobras, mas seus planos de privatização da holding e conclusão de Angra 3 ainda não foram discutidos com o ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, e podem ser revistos.
A manutenção de golden share pelo governo, prazos para quando se dará a capitalização e se haverá diluição da participação serão ainda definidos, segundo Ferreira.
“[Durante a transição] me demandaram apresentações, nós nos reunimos para que tivessem conhecimento de alternativas. Eles se detiveram em análise dos projetos, mas não trataram de temas de golden share e diminuição da participação do governo comigo.”
O executivo ouvirá as conclusões que o novo governo tomou. “Eu não tenho preconceitos sobre o tema.”
A conclusão de Angra 3, que demanda R$ 15 bilhões, também será discutida. O projeto da gestão Temer era reajustar valores que a empresa receberá pela energia —o que foi feito— e encontrar um sócio.
“Havia três alternativas de parceiros, que seriam avaliadas em conjunto com a Secretaria do PPI, o que começou a ser feito. Era previsto um avanço no modelo da concorrência de seleção de sócio no primeiro semestre deste ano”, afirma o executivo.
“Agora é preciso uma avaliação do novo governo.”
Soluções como financiamento por outra subsidiária também não foram estudadas, diz. A estatal vendeu a última distribuidora colocada à venda em 2018, a Ceal, e fez acordo com a SEC (órgão que rege títulos mobiliários nos EUA) no dia 28 de dezembro.
Disputa orçamentária
Um decreto publicado em dezembro pela Prefeitura de São Paulo reduziu o volume de dinheiro empenhado para secretarias e subprefeituras.
O texto estabelece que o cancelamento não pode atingir serviços já prestados, mas o setor de infraestrutura afirma que obras já executadas não foram pagas.
“Além de não receber pelo que foi realizado em novembro e dezembro, as empresas não sabem quando essas despesas serão contratadas de novo, o que traz insegurança”, diz Carlos Lima Jorge, da Apeop (associação de companhias que atuam em obras públicas).
A Fazenda municipal nega e afirma, em nota, que nenhum gasto cuja realização tenha sido comprovado deixou de ser remunerado.
“[O decreto] minimizou o comprometimento de recursos orçamentários que não seriam efetivamente utilizados.”
Cafezinho no banco
A fintech Social Bank, que tem entre seus acionistas o empresário Carlos Wizard Martins, planeja investir em três anos R$ 120 milhões na abertura de agências físicas, segundo o diretor-executivo, Rodrigo Borges.
A empresa opera contas digitais e possui uma companhia de meios de pagamento. A única unidade física que já está em funcionamento fica em Uberlândia (MG), onde a instituição está sediada.
As agências terão espaço de coworking e cafeteria —modelo similar ao adotado pelo banco americano Capital One e, mais recentemente, pelo Santander.
Cerca de R$ 40 milhões deverão ser aportados na expansão deste ano.
“Temos 120 municípios como alvo, e em 2019, estaremos em 40. Todos eles seguem os mesmos critérios, como baixa penetração de grandes bancos”, afirma Borges.
Cada um... Ao menos duas das maiores centrais sindicais do país —a UGT e a Força— têm buscado, separadamente, membros do governo Bolsonaro para tentar interlocução com o presidente.
...por seu lado As tentativas ocorrem apesar do discurso de unidade das centrais e da carta enviada ao presidente no dia 2, em que seis delas pediam diálogo conjunto.
Previdência A UGT, por exemplo, tem um projeto de reforma do INSS e, segundo dirigentes, vê como inúteis discursos de “nenhum direito a menos”, como o da CUT. A central espera ser recebida pelo presidente ainda neste mês.
Relação antiga A Força tem mantido conversas com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e com o senador Major Olímpio (PSL-SP), que já foi filiado ao Solidariedade, partido de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
Só em fevereiro A entidade quer uma conversa com Bolsonaro após a eleição para as mesas diretoras da Câmara e do Senado, segundo João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da entidade.
Robô A rede de clínicas de ortodontia OrthoDontic investirá R$ 12 milhões em 2019 em projetos de inteligência artificial aplicada em atendimento e gestão de dados.
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