quarta-feira, 30 de março de 2016

Os seis ministros devem ficar no governo e se licenciar do PMDB, segundo Ilimar Franco

O Globo



Eduardo Braga
Os seis ministros do PMDB que ainda permanecem no governo, devem ficar em seus cargos e se licenciar do partido. Essa foi a posição tirada ontem à noite, durante reunião na residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (à direta na foto), que contou também com a presença do líder da legenda no Senado, Eunício Oliveira (à esquerda na foto). Os ministros irão ainda hoje no Planalto para se reunir com a presidente Dilma.
-- Essa solução não constrange o partido nem é um ato de covardia com o governo que nós apoiamos até ontem -- relatou um dos ministros.
Ficou acertado ontem à noite que os ministros manifestarão sua disposição de ficar no governo e se licenciar do partido. Além disso, deixarão Dilma à vontade para remanejá-los se for necessário promover uma recomposição do governo.
A decisão foi tomada ontem à noite, mas o novo alinhamento foi costurado e amadurecido no dia de hoje em contatos e conversas entre os ministros Eduardo Braga (Energia), no centro da foto; Katia Abreu (Agricultura); Mauro Lopes (Aviação Civil); Marcelo Castro (Saúde); Celso Pansera (Ciência e Tecnologia); Helder Barbalho (Portos); e, Renan e Eunício.
-- Sair do governo não foi inteligente. O governo tem a caneta. Os que deliberaram pela saída encheram a caneta de tinta -- afirmou um dos presentes.
Os ministros Kátia Abreu, Celso Pansera e Marcelo Castro já decidiram ficar em seus ministérios. Esse movimento já tinha sido acertado antes. Mas o ex-ministro Henrique Alves, de maneira inesperada, optou pela saída. A permanência na base do Planalto explica porque os principais dirigentes do PMDB no Senado não foram à reunião do Diretório Nacional em que foi decidido pelo afastamento do governo da presidente Dilma.