O governo tem liberado verbas para os ministérios que são oferecidos a aliados contra o impeachment. Edição extra do Diário Oficial ampliou em cerca de R$ 1,8 bi os limites para desembolso de oito pastas. Ou seja, a arma usada é o dinheiro do contribuinte. É uma atitude preocupante. A situação das contas públicas, já desorganizadas pelos erros do governo, pode ficar ainda pior.
O governo central acaba de divulgar mais um enorme déficit primário em fevereiro; nas contas do Tesouro, o rombo foi de R$ 25 bi. Para o ano, a equipe econômica projeta um buraco de R$ 96 bi. Foram muitos os erros que levaram a essa situação. E agora, na tentativa de se salvar, o Planalto está liberando mais recursos para convencer parlamentares a votarem contra o impeachment.
No balcão de negócios, um dos partidos cortejados é o PP, que tem uma grande bancada na Câmara e que está sendo investigado na Lava-Jato. É assustador que, com tudo o que nos aconteceu, o governo esteja agora usando mais verbas para conquistar apoios.
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