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O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) |
KLEBER NUNES - UOL
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), liberou quatro secretários estaduais que têm mandato de deputado federal para votarem no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Todos são a favor do afastamento da petista; dois dos suplentes afastados estão indecisos.
Os secretários Danilo Cabral (PSB), de Planejamento e Gestão, Felipe Carreras (PSB), do Turismo, Sebastião Oliveira (PR), de Transportes, e André de Paula (PSD), de Cidades, retomarão as vagas hoje ocupadas, respectivamente, pelos suplentes Cadoca (sem partido), Augusto Coutinho (SD), Fernando Monteiro (PP) e Raul Jungmann (PPS).
A exoneração ainda será publicada no "Diário Oficial" do Estado de Pernambuco.
Por meio de nota, Cabral e Carreras informaram que a decisão de retomarem o mandato foi tomada "em respeito ao povo brasileiro, especialmente aos pernambucanos, que lhes delegaram confiança ao elegê-los deputados federais".
André de Paula divulgou que estará no plenário para votar a favor do impeachment porque muitos de seus "quase 100 mil eleitores estiveram democraticamente nas ruas para exigir o afastamento da presidente".
Oliveira aguarda o direcionamento da executiva nacional do PR, mas já declarou publicamente que seu voto é contra Dilma.
Um dos mais ferrenhos na defesa do impeachment da petista, Jungmann disse que entende o posicionamento dos titulares, mas lamenta ficar de fora da votação. "Fica também o sentimento de que você jogou os 89 minutos da partida, sofreu um pênalti e o técnico lhe tirou para colocar outro para fazer o gol", afirmou.
O deputado Cadoca, que ainda se diz indeciso em relação ao impeachment, vê com naturalidade o interesse dos deputados titulares. "Soube hoje que serão por dois dias. Depois, eu retornarei à vaga na Câmara e ele para a secretaria [de Planejamento e Gestão] em Pernambuco", disse.
A assessoria de imprensa de Fernando Monteiro informou que até 19h desta quarta-feira (30) ele ainda não havia sido informado da substituição. O parlamentar também diz não ter opinião formada sobre o afastamento da presidente.
A assessoria do deputado Augusto Coutinho não atendeu as ligações. A assessoria do Governo de Pernambuco informou que, até o momento, Paulo Câmara não vai se pronunciar oficialmente sobre o assunto.