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O “efeito China” também chegou ao mercado financeiro do Brasil. Se tem risco, estou fora. Foi assim que investidores começaram o ano. Ano que começou com o ‘pé esquerdo’. Quando a maioria dos mercados abriu, o da China já tinha fechado e desabado. As más notícias se espalharam rapidamente e derrubaram as bolsas europeias.
A de Frankfurt levou um tombo mais de 4%. As de Paris e Londres, recuaram mais de 2%.
As bolsas americanas também caíram. E não foi diferente com a brasileira, que fechou o primeiro dia útil do ano com queda de 2,79%.
As bolsas americanas também caíram. E não foi diferente com a brasileira, que fechou o primeiro dia útil do ano com queda de 2,79%.
O dólar, que já subia lá fora, no Brasil subiu ainda mais. Começou o dia acima dos R$ 4. Continuou, fechou valendo R$ 4,03.
“Os Estados Unidos estão tendo um desemprenho relativo melhor do que a média dos países. Junta-se a esse fato, a esse ciclo lá de fora, as nossas questões internas de uma crise fiscal que a gente não enxerga uma perspectiva de solucionar rapidamente e deixamos nossa moeda ainda mais vulnerável. Quando a gente junta tudo, a tendência, de fato, ter mais real se desvalorizando, perdendo valor ainda”, destaca Zeina Latif, economista da XP Investimentos.
O que também chama a atenção no mercado financeiro é a perda no valor das ações de grandes empresas brasileiras, especialmente as que produzem aço e minério de ferro e são grandes fornecedoras para a China.
Por exemplo: no ano de 2015, as ações da Usiminas caíram quase 70%.
Da Gerdau, quase 50% e da Vale, mais de 40%.
Mas outros setores também sofreram. No fim do ano passado, todas as empresas brasileiras com ações na bolsa valiam juntas US$ 463 bilhões.
Menos que o valor do Google, segunda empresa mais valiosa nos Estados Unidos.
Em 2014, as ações das empresas brasileiras valiam bem mais, quase US$ 800 bilhões. Mais do que a Apple, a empresa americana mais valiosa na mesma data.
A economista diz que empresa valendo menos significa menos emprego, menos renda, é o Brasil ficando mais pobre, ou seja, perdendo o que conquistou nos últimos anos.
“É claro que conforme a taxa de cambio for se ajustando, é obvio que tem uma hora que estrangeiro começa a olhar e fala, olha, as vezes vale a pena comprar coisas no Brasil, Brasil pode estar barato, eu não acho que a gente já está nesse momento, acho que começamos a ver uma coisa ou outra, mas muito incipiente”, comenta a economista.