sábado, 2 de janeiro de 2016

Cinco piores moedas de 2015: Brasil só perde para Argentina, diz CNN

Epoca


Levantamento mostra as cinco economias mais desvalorizadas frente ao dólar no último ano



Moeda brasileira ficou em segundo lugar entre importantes economias globais (Foto: Mario Tama/Getty Images)
Um levantamento da CNN Money mostra as cinco principais desvalorizações em relação ao dólar em 2015. O real ficou em segundo lugar, perdendo apenas para o peso argentino.

A moeda do país vizinho registrou desvalorização de 34.6% frente ao dólar, a pior performance do mundo. Na tentativa de "encorajar novos investimentos", a publicação lembra que o novo presidente, Mauricio Macri, que assumiu a Casa Rosada em dezembro, anunciou a liberação do câmbio, controlado desde 2011 por imposição da ex-presidente Cristina Kirchner.

Com desvalorização de 32.9% em frente à divisa norte-americana aparece o real. A CNN cita a queda internacional dos preços das commodites como um dos agentes para a o desempenho brasileiro, já que a economia depende da exportação de matérias-primas, e a corrupção envolvendo a Petrobras, "que se espalhou para os níveis mais altos dos negócios e da política, balançando as raízes da nação".

Em terceiro lugar, aparece o rand, da África do Sul, com mergulho de 25% frente ao dólar, queda também relacionada ao recudo dos preços das commodites. A publicação cita que o nível de desemprego no país está em 25% com inflação esperada para 5.6% em 2016.

A lira turca perdeu 20% em relação à moeda dos Estados Unidos, com uma economia que sofre a combinação da incerteza política e insegurança diante da situação da Síria, seu país vizinho. O FMI espera que o país cresça 3.6% in 2016, valor muito abaixo dos 9% de 2010 e 2011, lembrou a publicação.
O rublo, da Rússia, ficou em quinto lugar, com 17% de desvalorização. Os motivos, conforme a CNN, são o colapso com as receitas de petróleo e a "profunda recessão" que o país enfrenta. Apesar de o presidente Vladimir Putin afirmar que o pior da crise já passou, os indicadores econômicos mostram o contrário, com queda no PIB, na produção industrial e nas vendas do varejo. Apesar disso, aponta a publicação, o rublo teve melhor desempenho do que em 2014, quando a desvalorização chegou a 41%.