Em seu pedido para que o Ministério Público e a Polícia Federal investiguem a suposta prática de atos ilícitos na campanha que reelegeu Dilma Rousseff em 2014, o ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, citou, entre outras, a delação premiada de Milton Pascowitch.
O lobista afirmou a investigadores que parte dos recursos de propina do petrolão teria sido repassada a pedido do então tesoureiro do PT João Vaccari Neto, hoje preso na Lava Jato, ao site petista Brasil 247, “simulando contrato de prestação de serviços”.
“O objetivo seria financiar a propaganda disfarçada do Partido dos Trabalhadores e seus candidatos, além de denegrir a imagem dos partidos e candidatos concorrentes”, concluiu o ministro.
Perfeito. Eu havia cobrado aqui e aqui uma posição do TSE a respeito do caso, mostrando com prints e links como o site que apelidei anos atrás de Brasil 171 fez campanha descarada para Dilma, atacando seus adversários políticos e a imprensa independente, como a revista VEJA.
Não era, portanto, apenas uma questão de dinheiro sujo, mas de propaganda eleitoral paga com propina do petrolão, o que poderia (e deveria) resultar em cassação do mandato da presidente ilegítima.
Mendes está ligado. Sua leitura é muito bem-vinda.
