Ex-diretor de Serviços da Petrobras está preso e tentará reduzir penas em troca de colaboração
Segundo o próprio advogado, que conduziu a delação dos ex-executivos da Camargo Corrêa, Eduardo Leite e Dalton Avancini, as reuniões de Duque com o MPF ainda não ocorreram, mas as conversas devem ser iniciadas a partir da próxima semana. O ex-diretor está preso, em Curitiba, desde março deste ano. Os atuais advogados de Duque, Alexandre Lopes e Renato de Moraes, devem deixar o caso.
Duque apresentará aos investigadores uma lista de temas sobre os quais estaria disposto a contribuir com informações para a força-tarefa que investiga corrupção na Petrobras. Para que a delação seja aceita, o ex-diretor deve apresentar colaborações para as ações penais e inquéritos em curso, que o envolvem diretamente, mas também apresentar novos fatos que ajudem a PF e o MPF a apurar crimes de corrupção envolvendo a estatal. Em troca, o dirigente teria sua pena reduzida, em caso de condenação.
Nesta sexta-feira, a Justiça Federal aceitou denúncia contra Duque e os empresários Júlio Camargo e João Antônio Bernardi, por crimes como corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.