segunda-feira, 24 de agosto de 2015

"É fácil cortar dez ministros sem poupar um centavo", por Gustavo Patu

UOL


O governo Dilma Rousseff ficou notório pelo número recorde de ministros, hoje em 38. No entanto, os ministérios propriamente ditos não passam de 24.
Ainda assim, trata-se de um número tão grande que a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, não consegue mais abrigar todos. Veja no gráfico:




Os ministérios da Pesca e das Cidades tiveram de buscar prédios em outros locais da capital para abrigar seus servidores. Ambos foram criados pela administração petista, assim como Turismo, Esporte (as duas pastas eram uma só) e Desenvolvimento Social.

Os demais 14 ministros comandam secretarias e outros órgãos da administração direta, quase todos ligados ao Palácio do Planalto: Casa Civil, Secretaria-Geral, Segurança Institucional, Advocacia-Geral, Controladoria-Geral, Comunicação Social, Assuntos Estratégicos, Direitos Humanos, Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial, Portos, Aviação Civil, Micro e Pequena Empresa, Banco Central.

A lista acima evidencia que é fácil eliminar dez ministros sem poupar um centavo -ainda que a gestão possa melhorar. Basta rebaixar titulares dessas pastas ao segundo escalão.

Outra hipótese é repetir a fórmula adotada neste ano na extinção do cargo de ministro de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo. A estrutura da pasta foi mantida, e a articulação passou a ser comandada pelo vice-presidente, Michel Temer.