domingo, 30 de agosto de 2015
Após 'atentado', boneco de Lula (preso) volta às ruas em São Paulo; JE Cardozo é vaiado
Sílvia Amorim, Tatiana Farah e Fernando Donasci - O Globo
Boneco inflavel do Lula "Pixuleco" é erguido na Avenida Paulista em São Paulo - Fernando Donasci / Agência O Globo Após sofrer um “atentado” e ser rasgado na última sexta-feira durante ato em frente à prefeitura de São Paulo, o boneco inflável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário — conhecido como “Lula inflado” ou “Pixuleco” — reapareceu na manhã deste domingo na Avenida Paulista. O ato, organizado por movimentos que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff, ocorreu em frente ao prédio do Tribunal de Contas da União (TCU). O boneco começou a ser inflado por volta das 10h30m e ficou por lá até as 14 horas. Desta vez, o “Pixuleco” ganhou proteção. Ele foi cercado por grade e “escoltado” por cinco seguranças. O Movimento Brasil Melhor informou que gastou R$ 1.800 com essa estrutura. Duas viaturas da Polícia Militar também acompanharam a manifestação à distância, a pedido da organização. No fim do ato, no início da tarde, houve troca de xingamento e empurra-empurra entre grupos pró e contra o governo Dilma Rousseff. — A previsão era esvaziar o boneco às 14 horas e fizemos isso. Ninguém nos intimidou — afirmou Cristiane Polo, do Movimento Brasil Melhor. Um evento registrado numa rede social convocou pessoas para estarem na Avenida Paulista neste domingo para furar o boneco. O objetivo é fazer isso onde ele aparecer. Cerca de mil pessoas confirmaram presença. Um dos movimentos que apoiam o ato com “Pixuleco” atribuiu os focos de tumulto na Paulista a essa organização. — Eles convocaram pessoas para furar o boneco pelas redes sociais. Eles querem causar confusão — disse Carla Zambeli, do movimento Nas Ruas. Heduan Pinheiro, do Movimento Brasil Melhor, disse que a próxima aparição do boneco deverá ser em Brasília no dia 7 de Setembro. Ele disse que a programação em São Paulo era de três eventos apenas, e que os ânimos exaltados em torno do ato vão fazer o movimento “pensar duas vezes para fazer um evento extra” na capital paulista. A ação deste domingo chegou a ser cancelada na sexta-feira após o incidente no centro de São Paulo, quando a estudante de direito Emmanuelle Thomaziello Valerio de Souza, de 20 anos, atingiu o boneco com facadas. O “ataque” chegou a ser filmado e repercutir nas redes sociais. Houve um princípio de confusão, e ela e manifestantes foram levados para a delegacia. Um boletim de ocorrência foi registrado por dano ao patrimônio, mas Emmanuelle, que se declarou filiada ao PCdoB, negou que tivesse esfaqueado "Lula Inflado". O caso está sendo investigado. Leia mais