Foi um ato brutal, nascido da cultura da morte que permeia nosso mundo fragmentado — uma cultura que sussurra mentiras em ouvidos impressionáveis, transformando vizinhos em adversários e ideias em alvos
O assassinato de Charlie Kirk pelas mãos de Tyler Robinson, um jovem enredado pelas correntes tóxicas de uma ideologia radical, deixou uma nação em choque e o mundo atordoado. Foi um ato brutal, nascido da cultura da morte que permeia nosso mundo fragmentado — uma cultura que sussurra mentiras em ouvidos impressionáveis, transformando vizinhos em adversários e ideias em alvos. Ainda estamos perdidos em fragmentos de dor, espanto, estarrecimento e raiva.
Há uma semana, o mundo, que agora ganhou mais uma “geração JFK” que testemunhou um assassinato ao vivo na TV, está mergulhado em questionamentos. Mesmo com a sensação de ainda estar em transe com uma perda tão significativa para a voz conservadora nos EUA e no mundo, há uma oportunidade profunda de renovação. A morte de Charlie não foi o fim de sua voz; foi a faísca que deu asas às suas ideias. Milhões estão se agitando, retornando aos bancos das igrejas, defendendo os pilares sagrados da civilização ocidental, perdendo o medo que uma vez os silenciou e recuperando a ousada fé cristã que definiu sua vida. Por uma grande ironia do destino, sua fundação se chama Turning Point USA — “Ponto de Virada” em português.
Este é o legado positivo que escolhi celebrar hoje: um chamado à fé, à verdade e a uma coragem inabalável que vence a escuridão. Charlie Kirk não era uma figura comum na praça pública. Jovem, aos 31 anos, ele se tornou um farol para uma geração cansada da retórica vazia, de promessas que não levam a lugar algum e da escravidão a uma agenda obscura e assustadora.
Ele percorria os campi universitários como um cirurgião manejando um bisturi, diagnosticando a disseminação do que via como um câncer metastático: a ideologia corrosiva infiltrando universidades, escolas e o próprio tecido educacional. Charlie sabia onde o câncer se espalhava — nas faculdades e universidades, o coração da Educação. E isso não era mera postulação política; era um chamado estridente contra uma ideologia que abriga um ódio profundo pela América e pelo Ocidente judaico-cristão, que gerou e manteve suas liberdades. E Charlie lutava com as armas da inteligência e da graça: debate aberto, escuta paciente e exposição de verdades sem desculpas.
Seu dom era sua oratória. Palavras proferidas com paciência e cordialidade, nunca descendo à violência que, em última análise, reivindicou sua vida. Qualquer um poderia discordar dele veementemente, e muitos o faziam, mas ele ouvia primeiro, realmente escutava seu debatedor, antes de responder com clareza e convicção. Em uma era na qual o discurso frequentemente descamba para duelos de gritos ou campanhas de cancelamento, Charlie modelava um caminho diferente: civil, vigoroso e enraizado na fé.
E você não precisa acreditar cegamente em mim para entender isso. Veja com os seus próprios olhos. Há milhares de seus vídeos espalhados pela internet que mostram que ele entendia que os inimigos da verdade o desprezavam não por sua política, mas por sua recusa em se curvar. A liberdade de expressão, ele alertava, é o alicerce de todas as liberdades:
“Uma vez perdida a liberdade de expressão, todas as outras liberdades logo a seguem”, dizia constantemente. Sua missão era defendê-la ferozmente, e ao fazê-lo, ele deu poder a um movimento de jovens não temerosos de expressar suas mentes com respeito e civilidade, mas sem pagar o cruel pedágio ideológico nos tempos atuais. E aqui está o paradoxo que transforma a tragédia em triunfo: se você quer matar uma ideia, a pior coisa que pode fazer é matar o homem por trás dela. Balas podem silenciar uma voz, mas amplificam a mensagem.
A morte de Charlie não enterrou suas ideias. Pelo contrário, deu-lhes não apenas pernas, mas asas fortes. De repente, essas ideias começaram a voar e tomar proporções inimagináveis nas bocas de milhões na última semana. O assassino e aqueles que celebraram sua remoção da arena falham em compreender isso. Eles atacaram não apenas um homem, mas a própria noção de que a verdade é mais poderosa do que uma bala que silencia a voz de quem a propaga. Essa violência representa uma confissão silenciosa de fracasso: as mentiras carecem de vigor para confrontar a verdade em campo aberto. Sim, é uma atitude covarde, mas também o último suspiro agonizante de falsidades que já não conseguem se sustentar na disputa.
No rastro dos sentimentos crus da última semana, um luto coletivo emergiu. Não o luto superficial da passagem de uma celebridade ou de um ativista relevante, mas uma dor visceral e profunda. Pais abraçavam seus filhos um pouco mais forte. Adolescentes que o idolatravam sentiam o estilhaçar da inocência. Vídeos e depoimentos inundaram as redes sociais com uma frase em comum: “Eu não sei por que isso está me afetando tanto e de maneira tão profunda”. Estranhos choravam abertamente, confessando noites sem dormir e uma inquietação que não conseguiam nomear.
Pessoas se reúnem durante uma vigília em homenagem ao ativista e comentarista de direita dos EUA Charlie Kirk, no Madison Square Park, na cidade de Nova York, EUA, em 12 de setembro de 2025. Charlie foi morto a tiros enquanto discursava em um evento ao ar livre na Universidade de Utah Valley | Foto: Reuters/Adam Gray
E por que está doendo assim? Por que a morte de um homem que muitos nunca conheceram parece a perda de um irmão, um mentor, um escudo? Não é sentimentalismo; é algo eterno se agitando em nossas almas. A razão pela qual estamos sentindo tanto a morte de Charlie é sua fé, que não se mede pela proximidade, mas pelo significado. Não foi preciso conhecê-lo pessoalmente para sentir a picada dolorosa de sua ausência, porque quando uma voz como a dele se cala, algo na atmosfera muda. Nossos espíritos reconhecem isso não como uma mera notícia impactante pela violência ou pela aura política, mas como um deslocamento sísmico no campo da batalha espiritual.
Charlie se tornou uma convicção num tempo em que é preciso coragem em meio ao medo de defender o que é correto. Quando esse símbolo cai, ele puxa as linhas primárias de nosso propósito compartilhado, tecidas pelo próprio Espírito de Deus. As Escrituras atestam que a eternidade está escrita em nossos corações. A ausência de Charlie puxa essa eternidade dentro de nós, um lembrete de que a escuridão se regozija quando os portadores de luz são abatidos. No entanto, nessa dor reside a clareza: não estamos sozinhos. Estamos conectados em uma tapeçaria de verdade e uma coragem que nenhuma violência pode romper.
Esse luto é amplificado pelo momento perigoso que habitamos. Guerras rugem, ameaçando envolver o mundo em chamas, mas perto de nós, uma guerra civil fria ferve, avançando para algo mais quente, mais implacável. Não estamos enfrentando perseguições mortais sistemáticas de tempos sombrios na humanidade, mas as sombras são reais. Vidas estão sendo apagadas, não apenas por balas e execuções em massa, mas pelo veneno lento de uma cultura que desvaloriza a verdade, a família e a fé. A “guerra fria civil” saiu do plano das sombras e o assassinato de Charlie é um aviso: ideias têm consequências, e o ódio ferve no escuro.
E no medo do planejado caos, aqui está a verdade que perfura a escuridão: o que aconteceu com Charlie não é um confronto da esquerda contra a direita, mas uma batalha entre o bem e o mal, luz e sombra, verdade e engano. Jesus alertou: “Se o mundo te odeia, lembre-se de que me odiou primeiro. Se eles me perseguiram, eles te perseguirão”. Charlie sabia disso intimamente. Seu conservadorismo não era ideológico ou partidário; era forjado no fogo de uma convicção cristã profunda. Ele falava abertamente de sua fé em um ritmo de firme devoção, que assustava as criaturas das sombras. Suas últimas palavras públicas não foram sobre política ou pesquisas — foram um chamado estridente aos crentes sobre fé. Ele via o paganismo não como algo banal, mas como uma força viva enganosa, sedutora, que erode famílias cristãs, igrejas e almas.
Em suas últimas palavras, Charlie emitiu um apelo urgente: resistam ao engano. Protejam suas famílias. Defendam a verdade do Evangelho com ousadia e vigilância. Um chamado à ação contra a complacência. Agora, esse apelo repousa em nós. A escolha é nossa — ignorar o aviso entregue com a vida ou entrar na briga com fogo renovado. Sua mensagem ressoa porque ecoa o pilar que sustenta a humanidade através dos tempos: para derrotar o mal, simplesmente fale a verdade.
O assassinato de Charlie não foi apenas o roubo de uma mente brilhante e jovem, um marido devotado e um pai. Foi um ataque à própria verdade — uma tentativa de apagar um movimento de jovens adultos ousando se envolver no debate público sobre as verdades essenciais da humanidade. Kirk visava ao discurso civil na própria arena onde as ideias colidem, mas se refinam sem punhos cerrados ou armas de fogo. Charlie não era infalível, ninguém é, mas sua participação nessa arena era marcada por uma coragem rara, vigor, civilidade e fé. Diferente da retórica inflamatória que domina os campos de hoje, as palavras de Charlie construíam pontes mesmo enquanto desafiavam. Ele não odiava pessoas; odiava o pecado que as destruía — a ideologia da esquerda radical que ele via como uma força venenosa, uma lavagem cerebral em jovens em salas de aula e algoritmos digitais.
Charlie se foi. Mas neste mundo, digital ou físico, permeado pela doutrinação, seu legado não é de vingança — é de vitória por meio da conversão. Imagine um mundo onde o esquerdismo, a ideologia do relativismo, injustiça mascarada de compaixão, não é esmagado pela força, mas dissolvido em ondas de arrependimento em massa. E Charlie deixou vários caminhos: “O meu desejo sinceramente é que o esquerdismo seja completamente derrotado e eliminado da sociedade através de conversões em massa a Jesus Cristo. A melhor derrota do mal? Quando seus adeptos deitam suas armas, dobram o joelho ao Rei Jesus e entram na graça. Se você está lendo isso e essa ideologia ainda o segura, ouça a Boa Nova. Você não pode servir a Cristo e ao caos. O esquerdismo é tirania oculta disfarçada de tolerância. Você não pode ser um cristão e um esquerdista”. Charlie não odiava pessoas; odiava o que as destruía. É por isso que sua voz atraía milhões de jovens seguidores — ele oferecia verdade envolta em amor, um caminho para fora da loucura
O Efeito Charlie tem sido espantoso aqui nos EUA. Milhões de jovens estão se inclinando para a fé e voltando aos bancos das igrejas e a conversas que importam sobre família, trabalho, comprometimento com a coragem. Milhões já estão respondendo — vozes se erguendo sem medo, fé reavivada como brasas atiçadas para a boa chama. A morte de Charlie fez o que sua vida visava: despertou um gigante adormecido. Famílias estão se fortificando, pessoas de fé se unindo.
No final, o Evangelho que Charlie pregou é nossa última resposta a ele. A resposta final, mas duradoura. A fé em Cristo não é segura — é sacrificial, exige verdade a qualquer custo, mesmo o martírio. Sua vida, cortada prematuramente, inspira exatamente isso: compromisso corajoso. Não nos foram prometidas facilidades, mas eternidade. E nessa luz, seu legado voa. A verdade que ele perseguiu não pode ser morta. Ela prevalecerá, tão seguramente quanto o amanhecer segue a noite. “Para derrotar o mal, basta dizer a verdade”. Que esse seja nosso voto e compromisso.
Aos que se sentem desencorajados, aos pais protegendo a inocência frágil de filhos que testemunharam uma barbárie ao vivo, aos crentes sentindo o puxão espiritual: nossa dor é o alarme de nossas almas, um empurrão divino para o propósito. As asas de Charlie carregam suas ideias, e as nossas, para os céus, mas também nos elevam aqui na terra. Percam o medo. Falem ousadamente. Defendam a fé com a urgência que Charlie modelou. Em um mundo à beira da anarquia, sua voz é o bater de asas que agita a boa tempestade.
A mensagem final de Charlie Kirk, um dos maiores ativistas políticos conservadores dos últimos tempos, não foi sobre política — foi sobre fé.
Ana Paula Henkel - Revista Oeste