Senadores Marcio Bittar e Plínio Valério, relator e presidente da CPI das ONGs. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
O Instinto Sócio Ambiental (ISA), investigado pela CPI das ONGS por participação na indústria de laudos de demarcações de terras indígenas, acaba de ser selecionado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), chefiado por Marina Silva, para projeto de recuperação ambiental na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.
“No momento em que existe uma CPI no Senado, que mostra a manipulação que o ISA faz, o dinheiro que recebe, mostrando o envolvimento de ONGs com o ISA, o governo fazer isso é brincar, é achar que está acima de qualquer suspeita. É no mínimo imoral”, afirmou o presidente da CPI das ONGs, senador Plinio Valério (PSDB-AM), ao Diário do Poder. O parlamentar se comprometeu a provocar o Senado sobre a contradição do edital na próxima semana.
O senador Marcio Bittar (União-AC) falou em ‘relações promíscuas’ das ONGs com o governo federal e com as administrações estaduais. Segundo ele, as instituições têm poder para indicar nomes na alta cúpula dos Estados e da União.
Bittar também mencionou suposta relação entre João Paulo Ribeiro Capobianco, ambientalista nomeado como secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, antigo aliado da ministra Marina Silva, e a fundação do instituto.
E acrescentou: “o ISA recebeu R$137 milhões em dinheiro externo, em dois anos”.
O rastro seguido pela CPI das ONGs é do provável uso de recursos públicos e verbas do fundo internacional para financiar intereses restritos e enriquecimento ilícito por parte dos operadores das ONGs.
“O dinheiro que movimenta as ONGs é um dinheiro que tem interesse sobre o monopólio do Brasil”,afirmou Bittar.
O Diário do Poder solicitou ao Ministério do Meio Ambiente posicionamento sobre a seleção do ISA mediante o certame encerrado e aguarda resposta.
Diário do Poder